Terça-feira, 21 de Outubro de 2008

Vinicius

Marc Chagall

 
 

 

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 
Soneto da Fidelidade, Vinicius de Moraes

 
 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 07:45
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007

Ausência

 Foto: MT

 
 

 

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
...
 
Eu deixarei... Tu irás e encostarás a tua face em outra face. 
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás

para a madrugada. 
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,

porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite

e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência

do teu abandono desordenado.

 


Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

     
 

Vinícius de Moraes

 


escrevinhado por MT-Teresa às 21:21
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Sexta-feira, 10 de Novembro de 2006

Soneto da Felicidade

De tudo ao meu amor serei atento,

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

 

Quero vivê-lo em cada vão momento

 E em seu louvor hei de espalhar meu canto

 E rir meu riso e derramar meu pranto

 Ao seu pesar ou seu contentamento.

 

 E assim, quando mais tarde me procure

 Quem sabe a morte, angústia de quem vive,

 Quem sabe a solidão, fim de quem ama

 

Eu possa me dizer do amor ( que tive ): 

Que não seja imortal posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

 

Autor: Vinícius de Moraes

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