Domingo, 3 de Maio de 2009

Se eu pudesse...Mãe!

foto de Nicolas Valentin

 

Devolvia-te o teu  reflexo enquanto jovem.

 

[ mas não posso ]

 

 

neste momento estou: meio triste

escrevinhado por MT-Teresa às 16:56
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Quinta-feira, 24 de Julho de 2008

Amiga

Óleo de Picasso

 
 
 

As palavras perderam-se na imensidão da ausência

que nos impôs a vida.

A tua dor sem remédio e calada no teu peito.

A tua dor sem lágrimas, funda e transparente.  

Igual ao teu rosto inconformado e grave.

 

Amiga, já não corremos felizes pelos campos...

 

 
 

neste momento estou: um pouco triste

escrevinhado por MT-Teresa às 22:36
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Domingo, 4 de Maio de 2008

Não envelheças, Mãe!

 
Mãe
Não quero ver a velhice a tomar conta
Dos teus gestos, da tua memória, dos teus passos.
 
 
Quando te olho
É o meu reflexo que vislumbro
No espelho do tempo 
De mão dada com a infância
Que já não tenho
 
Passou tão depresa, Mãe...!
O nosso tempo dos risos e das brincadeiras
De meninas.
 
Não sei porquê, Mãe, mas cego
Perante os sinais do tempo
Que te está a levar de mim
Aos poucos, de mansinho.
 
Não envelheças Mãe.
Não assim. Tão de repente.
 
 

neste momento estou: um pouco triste

escrevinhado por MT-Teresa às 21:38
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Sábado, 15 de Março de 2008

A Casa das Flores e o Piruças

 

O Piruças, cão da vizinhança, envenenado há cerca de 2 semanas

(foto de MTeresaVivências)

 

.....

 

 

É uma casinha simples, numa aldeia simples, de pessoas simples. Os vizinhos afáveis e prestáveis já não olham com desconfiança as gentes da cidade que procuram a paz e o silêncio nas suas pequenas estadias de fim de semana. Já se habituaram ao rebuliço a entrar-hes pela "porta adentro" a quebrar a rotina dos dias sempre iguais e, até gostam porque "dá vida" ao sítio, dizem eles.

 

Tem um pequeno átrio, onde o sol nos consola e aquece. Um pequeno terreno transformado em jardim onde tudo esquecemos quando enterramos as mãos na terra. 

 

Aquela casa tem alegria, amizade, brincadeiras e visitas-surpresa dos amigos que por vezes se lembram de passar por lá. Os filhos, às vezes, também aparecem, mas esses só quando há churrasco, porque aquilo é uma "pasmaceira", como diz a minha mãe, que gosta mais da cidade que do campo.

 

Também tem mar, com ondas alterosas que se ouvem ao longe, em dias de Inverno. 

 

É um refúgio que partilho com a minha amiga Clara (Margarida). Hoje fomos lá, ao fim de quase um mês de ausência. O jardim está cheio de "hortaliça", como chamamos às ervas daninhas e aos trevos que têm crescido em completa liberdade.

 

- Vamos ter que as arrancar, diz a Clara com ar pesaroso.

- Lá teremos que fazer um churrasco para aliciar o pessoal, digo eu, rindo.

 

Há apenas uma coisa que nos espanta no meio de tanto sossego e cordialidade:

- Naquela aldeia costumam envenenar os cães que andam à solta, mesmo que tenham dono. 

 

Hoje soubemos de mais um caso. E ficámos chocadas.

 

Foi a vez do Piruças que eu fotografei algumas vezes e que estava sempre junto à entrada da nossa casa e grande companheiro de brincadeiras do Jack, o cão da Clara.

 

Este post foi escrito a pensar nele e também na crueldade das pessoas, que por vezes se esconde em sorrisos afáveis.

 

Vamos sentir falta do seu olhar meigo.

 

neste momento estou: revoltada

escrevinhado por MT-Teresa às 23:39
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Quinta-feira, 18 de Outubro de 2007

O peso da memória

 

 

Pintura de António Peticov

 
Era uma noite igual a tantas outras.

Entrou na sala onde apenas se via a luz do pequeno candeeiro sobre a escrivaninha. O resto da casa estava às escuras com a excepção do hall de entrada que ela tinha por hábito deixar iluminado, para lhe dar a sensação de que morava ali mais gente.

 

Acendeu uma vela aromática para disfarçar o cheiro do tabaco e começou a escrever na tentativa de aliviar a melancolia que se começava a apoderar dela. No silêncio esmagador da sua solidão, apenas se ouvia o som das  teclas do computador  sob os seus dedos.

 
 

Não esperava visitas e certamente ninguém lhe iria bater à porta. Estava sozinha como na maioria das noites da semana, mas naquele momento tudo lhe era pesado.

Aquela, era uma daquelas noites em que precisava de ouvir dizer: Amo-te.

Fechou os olhos e imaginou-se a subir uma escada que a levasse para um mundo encantado onde os silêncios fossem leves, as palavras verdadeiras e as pessoas permanecessem para todo o sempre.

 

Um mundo onde a palavra "partida" não fosse conhecida.

 

 

 

 


 

MT-Teresa

(18/10/07)

 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 22:33
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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2007

Uma flor de adeus

                                              

 

 

Na despedida uma rosa vermelha, cor do teu Benfica e o meu obrigada pelo teu amor e dedicação ao teu neto, meu filho, que te adorava.

 

 

 

neste momento estou:

escrevinhado por MT-Teresa às 16:55
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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007

Contar histórias à lua

 

Pintura de Brad Holland

.

“Todas as tristezas podem ser suportáveis se se contar uma história sobre elas.”
Karen Blixen

. 

ao som de: Fairytale - Enya
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escrevinhado por MT-Teresa às 20:04
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Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007

As nossas almas

 

.

Esta noite fui abrir o perfume inebriante onde a minha alma se perdeu, fechei os olhos à saudade imensa que aprisiona os meus desejos e mergulhei a memória nas tardes e noites em que, enamorados, os nossos corpos cantaram hinos de alegria, êxtases e suspiros, em perfeita harmonia de sentires.

.

Agora, apesar de passear solitáriamente pelos jardins encantados do nosso amor, lanço o meu olhar azul, um pouco esbatido pela cor da tua ausência, aos horizontes prometidos de pássaros azuis e águias douradas que sei nos serão devolvidos quando chegar o tempo do reencontro.

.

Sei que ouves a minha voz onde quer que te tenham aprisionado e quero que saibas que ressoam na minha casa os teus passos e os teus risos feitos das flores que descobriste no meu corpo.

.

A minha alma nasceu a partir da tua

 e o mar que me inunda tem origem nas águas do teu rio.

Hoje, o que eu escrevo com cor de sangue,

 sou eu a desfazer-me em lágrimas.

.

Teresa (MT)

01/08/07

.

neste momento estou: saudosa e triste

escrevinhado por MT-Teresa às 19:24
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Segunda-feira, 30 de Julho de 2007

Miragem

 "Aqui e Ali" Óleo de Nela Vicente

.

Timidamente invado o pensamento
teu poema, feito de frémitos nocturnos
e deixo-me desfolhar pelos olhares
das estrelas, que em teu nome
me alimentam e extasiam
 
Vinda da espuma das águas, chamo-te
para me libertares a memória, cativa ainda
de outros mares longínquos e perdidos
 
Rendida agora a outra claridade
abraço a insónia que me faz caminhar
como musa, em direcção a ti
 
mas
 
não te encontrando
onde louca te pensava
ainda em mim
regresso morta aos confins
desse lugar sem nome
e sem luz
que me reclama inteira
porque um dia me esqueci
que do amor só a miragem
me é permitido ter
.
Teresa (MT)
.
Maio e Julho 2007
.

escrevinhado por MT-Teresa às 22:05
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Sexta-feira, 6 de Julho de 2007

A Poesia

La liseuse  Óleo de Pablo Picasso

 

.

 

A Poesia

tem as estrelas da manhã

alinhadas em circulo

como um farol de aviso

aos navegantes

incautos e perdidos

que me habitam 

 

Se eu pudesse

mascarava-me de lua nova

(que se esconde nas tramas

nebulosas

do meu sentir)

e escarnecia das sombras

fantásticas

que me desafiam

com versos

.

Teresa (MT)

 

.

neste momento estou: cansada

escrevinhado por MT-Teresa às 19:40
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Quinta-feira, 21 de Junho de 2007

Pedir a quem?

 Óleo de Nela Vicente

.

Devia ser proibido que a tristeza se instalasse quando o amor nos sorri.
Pedir a quem?
À Lua...ou aos astros que nos espreitam?
.
Talvez aos deuses que nos fazem dançar e cair ao sabor da sua música.
.
.
neste momento estou: no meio
ao som de: Sting - Until

escrevinhado por MT-Teresa às 22:07
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Domingo, 17 de Junho de 2007

De repente a tristeza

 

"Pássaro Azul " de Isabel Nadal

.

À tardinha
desceu sobre o meu rosto
a melancolia...
 
à mesma hora
onde outrora
me perdi
no calor
dos teus braços
 
Os meus olhos desaparecem
e do azul pouco resta
a não ser um traço
oblíquo
gasto
 
Sobre o meu corpo
começam a florir
as sementes de solidão
que o acaso depositou
nos meus gestos
confiantes
 
O meu rosto
transfigurado
branco
procura as mãos
que lhe secaram o pranto
e as rosas
com que acariciaste
os seus vincos
 
Debato-me
grito
e
rejeito!
.
Esta tristeza que me espreita
dos abismos
.
Teresa E
.

.

 

ao som de: Madredeus
neste momento estou:

escrevinhado por MT-Teresa às 08:58
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Sexta-feira, 15 de Junho de 2007

Não sei...

 Pintura de Balthus

"Therese"

.

.

Não sei de que cor se veste a tristeza
quando vem da ausência.
Também conheço mal a cor do amor
quando revestido de permanência.
-
A cor da paixão, rubra e efémera,
(quando me cega)
 fica logo desfeita
sem coloração.
.
 
Do mar que entra nos meus olhos
conheço-lhe o som e a espuma branca
e a cor azul
 de que sou feita
.
 
De ti...
Conheço-te a cor
de trás para a frente
como se conhece o fumo
a esbater-se  no tempo
.
 
Porque de ti
apenas sei que és vida
fuga-agitada
alma desencontrada
nas esquinas perdidas
de uma só estrada
.
Teresa E.
.
.
neste momento estou: mais ou menos

escrevinhado por MT-Teresa às 13:44
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Sexta-feira, 1 de Junho de 2007

Tristeza

.

 

Se eu fosse dona do livro da minha vida, hoje escolheria a pena de uma ave rara, cor da aurora, para escrever Alegria.
 
Como não sou, fica registada a Tristeza.
 
Faz 27 anos que te foste embora Pai. Fazes-me falta todos os dias.
 
Logo hoje...que me sinto infinitamente só, precisava de uma luz, de um sorriso ou até de um abraço para que soubesses que apesar de tudo eu estaria um pouco feliz, como tu gostavas que eu estivesse.
.
neste momento estou:
tags: ,

escrevinhado por MT-Teresa às 21:54
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Terça-feira, 15 de Maio de 2007

A minha amiga com A grande

 

.

Há algum tempo que quero falar contigo, mas não tenho conseguido fazê-lo "olhos nos olhos".

.
É estranho isto estar a acontecer entre nós. Pergunto a mim própria a razão do nosso afastamento físico e do fim das nossas conversas quase diárias, em que contávamos tudo uma à outra e partilhávamos os nossos mais íntimos pensamentos, alegrias e dores.

Depois da morte do teu filho, já faz 5 anos, a vida para ti perdeu totalmente o sentido. Estive sempre a teu lado, sofri contigo a tua imensa dor e lembro-me de me dizeres, que apenas comigo conseguias falar dele sem constrangimentos. Nunca te vi chorar mas sei que todos os dias te são pesados, e que no teu dia-a-dia vives como se fosses um autómato. Sei que o teu sofrimento é diário e que a maior parte das coisas que consideravas importante, perdeu valor, quando foste confrontada pela enorme perda que sofreste.

Sei que não tens paz, nem descanso.

Sofres muito.

Há muito tempo que não te vejo e estás tão perto de mim. Tenho saudades tuas mas algo me impede ainda de ir ao teu encontro, algo que eu não sei definir e que talvez tenha a ver com o abismo em que eu entrei, naquela altura e de onde saí a custo, mas sem ti. Quero que saibas, no entanto que continuas no meu coração e que a minha amizade por ti é a mesma de sempre. Talvez um dia destes seja possível sairmos as duas sem destino, tu a conduzires, enquanto falamos das nossas coisas como tantas vezes fizemos

Recordo sempre o que me escreveste quando tínhamos 12 anos, inspirada no "Principezinho".

" Tenho uma amiga. Essa amiga tem cabelos da cor do ouro e olhos da cor do céu. A partir deste momento, quando olhar um campo cheio de trigo e o céu estiver azul, pensarei sempre nela."

Continuo aqui. Sempre!

Ainda tenho o cabelo da cor do trigo.

Ainda tenho os olhos da cor do céu e continuo a ser a tua Amiga com A grande.

.

ao som de: Rod Stewart ( uma das músicas preferidas da minha amiga )
neste momento estou: um pouco "blue"

escrevinhado por MT-Teresa às 06:44
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