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Em Dezembro de 2006 escrevi um post sobre Caixinhas de Música
e sobre o meu desejo de ter uma.
Neste Natal de 2008
Em que o frio, a chuva e a neve
se fazem sentir com intensidade
Em que a crise está instalada
e veio para durar
Em que a esperança de dias melhores
parece congelada
Em que a poesia e a escrita
estão adiadas (em mim)
Neste Natal
Com um sorriso de satisfação
e um brilho especial nos olhos
" ofereci-me "
esta caixinha de música
Deixo-vos a música do "Quebra Nozes"
de Tchaikovsky
e os meus votos de
BOAS FESTAS
"O Quebra Nozes" de Tchaikovsky
....
É um dos bailados de que mais gosto.
Se são apreciadores, sentem-se confortavelmente e assistam.
Se possível, sonhem e deixem-se transportar até ao reino da fantasia.
Espero que tenham tido um Bom Natal.
(desligar a música de fundo)
.
Às vezes, faltam-me as palavras para escrever o que sinto
Outras vezes, não sinto, e mesmo assim escrevo palavras de outros
Também me acontece escrever palavras sopradas por ventos de longe
Que misturo com as minhas, quando a inspiração me assalta
Neste Natal as palavras escapam-me e saltam da folha branca
Como se não tivessem lugar no que eu sinto e não digo
Este Natal não sabe a Natal.
Talvez por isso não escrevo, apenas sinto.
....
Agradeço os votos de Boas Festas que me deixaram.
(em tempo, responderei a todos individualmente)
Natal à Beira-Rio
É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mourão Ferreira
.....
Um Bom Natal para todos.
.
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Hoje durante a hora de almoço entrei numa loja e deparei-me com uma mini exposição de Caixinhas de Música.
Fiquei parada e deliciei-me a olhar para elas porque desde a minha infância, estas pequenas maravilhas me fascinam.
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Atendendo ao seu preço e ao fim a que se destinam:
- Serem simplesmente olhadas e ouvidas
resisti à tentação e lá ficaram à espera de outro comprador mais endinheirado que eu.
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Nunca tive uma...
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Qualquer dia finjo que sou criança e compro uma Caixinha de Música, daquelas com a bailarina a dançar.
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Hoje a minha "caixa" de cimento e vidro está muito calma! Se não fosse o calor asfixiante ( quando se liga o ar condicionado) e o frio intenso que se sente ( quando não se aguenta e se desliga, o dito), diria mesmo que é um daqueles dias "leves".
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Surpreendentemente a "retaguarda", na época de Natal e de Fim de Ano, não tem "Stress" e isso sabe-me bem apesar de todas as implicações negativas que isso trouxe ao "meu percurso" .Tudo tem um preço ou como eu costumo dizer, uma factura a pagar. Escolhi a paz e a preservação da minha sanidade mental consciente da opção que estava a fazer. O que eu tinha, apesar de alguns benefícios, estava a dar cabo de mim, mas felizmente parei a tempo. Há pessoas que não conseguem e por vezes as consequências são irreversíveis e até fatais.
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Quando estava na "frente" estes dias eram frenéticos e de completa loucura. Os "números" finais que não chegavam à "fasquia" exigida (e o fim do ano tão perto), as reuniões, as boas festas que quase todos faziam questão de dar pessoalmente, os almoços de Natal, as prendas que se recebiam e os agradecimentos...enfim, quase não sobrava tempo para tratar do meu Natal. Acho que por causa desta "vivência" alucinante, habituei-me a deixar tudo para a última hora.
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Este ano não fugi à regra. Apesar de ter mais tempo, ainda não preparei nada. Procuro contrariar os hábitos consumistas, que assaltam quase toda a gente, até porque há "crise", mas acabo sempre por comprar "mais qualquer coisita". Só que ainda nem comecei.
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Esta época para mim é muito triste e estou sempre ansiosa que ela passe (até costumo dizer, apetecia-me adormecer no dia 23 e acordar no dia 1 de Janeiro do ano seguinte) mas desta vez vou esforçar-me para que pelo menos o Natal seja alegre.
Tenho um bom motivo:
Vai ser o 1º Natal em casa do meu filho, que como vive sozinho, não vai mexer uma "palha".
Sobra para quem? - Claro que para mim.
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Vai ser a melhor prenda de Natal que irei receber/dar. Embrulhadinha em amor.
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UM BOM NATAL PARA TODOS
.
Teresa E.
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Tinha sido uma experiência maravilhosa ir com o avô à serra, apanhar musgo, colocar a figura do Menino Jesus em palhinhas de verdade, dispor com as suas pequeninas mãos todas as figuras de barro, as casinhas, o moinho, a fonte e como ela estava satisfeita do seu lago, feito de espelho, escondido entre o verde do musgo fresco.
Todos os dias acordava e ia ver o seu presépio e não se cansava de olhar, olhar e esperar.
Quando a sua mãe lhe disse uma noite: - Filha, o dia de Natal é amanhã quando acordares - os seus olhos brilharam e ela saltou e dançou de alegria, dando gargalhadas como só as crianças sabem dar quando estão felizes.
No outro dia, ao acordar, lembrou-se que tinha finalmente chegado o dia tão esperado.
Tudo dormia ainda na sua casa. Era muito cedo, mas ela escorregou da sua cama, descalça e em camisa de dormir correu para a sala de jantar, para abrir os presentes que tinha pedido numa carta ao Menino Jesus, escrita por sua mãe.
Entrou na sala e logo ficou quieta. Os seus olhos encheram-se de lágrimas. O "seu" presépio estava completamente destruído. O gato Farrusco, com quem tanto brincava, estava ali, soberano e desafiador. Tinha feito a sua cama no macio musgo e todas as figuras estavam espalhadas pelo chão e muitas estavam quebradas.
Chorou até acordar toda a gente e acabou por se conformar, com a promessa de novos "bonecos", mas só sorriu quando percebeu que a figurinha de barro do Menino Jesus estava intacta e a olhar para ela docemente.
Nunca esqueceu aquela manhã de Natal...
.
Teresa E.
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