Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2008

A recordar um dueto

 
Se eu soubesse
mascarar a solidão
com cálidos abandonos
e doces enleios
viajava pelo tempo
dos sorrisos
que me esperam
e dos corpos
que me desejam 

Se eu pudesse mascarar o sentimento
Guardasse numa caixa só pra mim,
Eu não viria aqui neste momento
Deitar mais uma flor no teu jardim
 
 
As máscaras
que me amordaçam
o amor, no peito,
arrancava
 
Se eu pudesse... ou posso mas nem tento?
Nunca diria o quanto gosto assim
De ler-te (e nas palavras me sustento
Pois entram-me na alma até ao fim...)
 
Dizer-te da vontade que cá mora
Que tenho de te ler pla vida fora
E até dizer-te mais... também podia
 
e o meu pranto
na tua boca quente
secava

Se eu pudesse... mas eu nem sequer quero!
Quero antes vir aqui, que é onde espero
Ver "escritos" com amor e com magia

Entregando-me, então,
ao teu amor (perfeito)
me revelava...
Inteira!
 
 
MT- Teresa (18Fev07

Joaquim Sustelo ( Fevereiro 07 - poema deixado num comentário)

 

 
neste momento estou: sem máscara

escrevinhado por MT-Teresa às 08:30
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Sábado, 24 de Fevereiro de 2007

A Gaivota

.

Eu pus um sonho a voar
Nas asas duma gaivota...
Um sonho de liberdade
De paz, amor e carinho;
Num impulso sobre o mar
Ela tomou sua rota
Cheia de força e vontade
De vencer todo o caminho.
 

Esperei dias, esperei noites
Pelos ventos de mudança...
Mas chegou-me um vento frio
Gélido todos os dias;
Ondas do mar em açoites
Rodopiam numa dança
Batendo no cais vazio
Em alvoradas sombrias.
 

Talvez a minha gaivota
Tivesse perdido o rumo...
Quem sabe se o sonho voa
Pelas terras de ninguém...
Ou ao lembrar-me em risota
Tenha perdido o aprumo,
Não achando ideia boa
Levar um sonho de alguém.
 

Talvez tenha sucumbido
Caindo nalguma vaga,
Sem cumprir essa missão
Que eu com afecto pedira;
Talvez não vendo o sentido
Ou achando não ser maga
Largasse o sonho-ilusão
Como mais uma mentira.
 

Vou ao cais de vez em quando
Como quem inda acredita,
Mas perdendo quase a esperança
De alguma coisa mudar...
De gaivotas vejo um bando,
Vou escolher a mais bonita!
A ver se leva e não cansa,

Este meu sonho a voar.
 

Joaquim Sustelo
.
(Este poema  vinha embrulhado em papel azul e fita cor de fogo
Obrigada J Sustelo pela prenda)
.

escrevinhado por MT-Teresa às 10:11
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Sábado, 3 de Fevereiro de 2007

Ainda os amores (imperfeitos) ..por Joaquim Sustelo

.

Foi, sem nos olharmos, uma despedida;
Já quase tudo tinha sido dito...
Um desviar de olhos significativo
Os nossos olhos onde estava escrito
Aquele resto sem haver motivo
Pra que uma palavra fosse proferida...

Entrei no carro, acenei-te adeus
Mascarado de um... "até amanhã"
Que eu nunca sentiria.
Liguei o rádio. Uma lágrima desceu
Dos olhos meus
Tão muda e tão fria...

Sentindo que houve tanta coisa vã
No que de ti ouvi,
Determinda a não chorar
Acelerei em direcção a casa
Num gesto que talvez fosse duro...

Ainda de vi olhar
Sim, vi.

Mas eu seguia
Com os olhos postos no futuro
Esse futuro que agora era sem ti.

.

Joaquim Sustelo

.


escrevinhado por MT-Teresa às 23:58
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Sábado, 14 de Outubro de 2006

Esta Noite Dancei... de Joaquim Sustelo

Quando as palavras que se escrevem  dão o mote à inspiração de outros, a solidão que por vezes nos acompanha nesse acto ( que na maioria das vezes é solitário e silencioso) é rasgada com sorrisos que nos dão força , como este que o meu grande amigo e Poeta Joaquim Sustelo me ofereceu " dançando" comigo. Obrigada por me fazeres companhia.

   

ESTA NOITE DANCEI SÓ PARA TI
 
 
De túnicas de cambraia azul
Eu me vesti,
Salpicadas de desejos
E de beijos
Cor de carmim.

E assim,
Esta noite dancei só para ti

Nunca sabes quando eu chego...
Previamente não to digo.
Não te afirmo nem o nego
E aquela vez, tão bonita,
Da minha última visita
Pensas sempre que foi a derradeira.

Mas gosto desta maneira
De deixar-te em incerteza...

Este suplício da espera
Que sei que te desespera
Não tendo de mim sinais...
Que ao mesmo tempo te atiça
Pra saberes... e te enfeitiça
Sempre mais, cada vez mais.

Mas quando para ti danço
O toque não é permitido;
Ficas na frente sentado
Naquela mesma poltrona
Onde passas muitas horas
Dos dias onde demoras
A dirigir-me a coragem.

A dançar se me abandona
Na minha dança selvagem
O meu corpo à tua frente
E vês-me dançar... Somente!

Já dancei com todas as cores:
De preto, um tango atrevido!
Já valsei de branco e rosa...
 
E de azul vestida agora
Eu era a tua Isadora
Causando-te aquelas dores
Que sei que a tua alma sente
Por me veres provocando
Dançando, rodopiando
Aumentando esses calores
À tua frente...

Em certas noites
Abro a porta mansamente
E nem sequer por mim dás...
Entro silenciosamente
E é o meu perfume que faz
A denúncia da chegada.

Quero que me acoites
Nos teus braços...

E esses laços
De amor, que a vida nunca desfez,
Sejam sempre uma alvorada
Para nós,
Como se ouvíssemos
Cada um, do outro, a voz
Pela primeira vez...

Nosso caso de amor
Ele é sublime, etéreo,
Mas onde nada se sabe,
Tudo, tudo, é um mistério...

Também há noites em que me contas
A tua vida passada;
As tuas histórias, algumas até tontas...

E eu fico sentada
No chão
Apoiada com a cabeça no teu colo
A ouvir-te com emoção.

Assim me enrolo
A ti, escutando essa cadência
Que me acalma
Porque conforta tanto a minha alma!

Meu coração-viajante
Segreda-me a cada instante
Desejos de permanência
Que a alma nunca escutou.

Ah, se ficasse contigo
Teria como castigo
O deixar de ser quem sou!...

As nossas noites são a nossa vida
Onde passamos horas de harmonia
Um tempo que contudo é de fugida...
Ao chegar a manhã, cessa a magia.

Sei que ao partir
Te deixo em desespero
Sem saberes se hei-de ressurgir...
Mas é assim que eu quero!

Apenas sabes pelo que escrevi
Que é à noite
Que eu danço só para ti.
 

Joaquim Sustelo
 
(totalmente adaptado-  com muitos  versos iguais às suas frases - do magnífico texto da minha amiga Mar Teresa)

escrevinhado por MT-Teresa às 10:51
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