O Piruças, cão da vizinhança, envenenado há cerca de 2 semanas
(foto de MTeresaVivências)
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É uma casinha simples, numa aldeia simples, de pessoas simples. Os vizinhos afáveis e prestáveis já não olham com desconfiança as gentes da cidade que procuram a paz e o silêncio nas suas pequenas estadias de fim de semana. Já se habituaram ao rebuliço a entrar-hes pela "porta adentro" a quebrar a rotina dos dias sempre iguais e, até gostam porque "dá vida" ao sítio, dizem eles.
Tem um pequeno átrio, onde o sol nos consola e aquece. Um pequeno terreno transformado em jardim onde tudo esquecemos quando enterramos as mãos na terra.
Aquela casa tem alegria, amizade, brincadeiras e visitas-surpresa dos amigos que por vezes se lembram de passar por lá. Os filhos, às vezes, também aparecem, mas esses só quando há churrasco, porque aquilo é uma "pasmaceira", como diz a minha mãe, que gosta mais da cidade que do campo.
Também tem mar, com ondas alterosas que se ouvem ao longe, em dias de Inverno.
É um refúgio que partilho com a minha amiga Clara (Margarida). Hoje fomos lá, ao fim de quase um mês de ausência. O jardim está cheio de "hortaliça", como chamamos às ervas daninhas e aos trevos que têm crescido em completa liberdade.
- Vamos ter que as arrancar, diz a Clara com ar pesaroso.
- Lá teremos que fazer um churrasco para aliciar o pessoal, digo eu, rindo.
Há apenas uma coisa que nos espanta no meio de tanto sossego e cordialidade:
- Naquela aldeia costumam envenenar os cães que andam à solta, mesmo que tenham dono.
Hoje soubemos de mais um caso. E ficámos chocadas.
Foi a vez do Piruças que eu fotografei algumas vezes e que estava sempre junto à entrada da nossa casa e grande companheiro de brincadeiras do Jack, o cão da Clara.
Este post foi escrito a pensar nele e também na crueldade das pessoas, que por vezes se esconde em sorrisos afáveis.
Vamos sentir falta do seu olhar meigo.
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