Terça-feira, 25 de Novembro de 2008

Ó Poesia sonhei que fosses tudo

Foto de Jonh Kimberley

 
 
Ó Poesia sonhei que fosses tudo

E eis-me na orla vã abandonada

Uma por uma as ondas sem defeito

Quebram o seu colo azul de espuma

E é como se um poema fosse nada

 
Sophia de Mello Breyner

 
........

 

E o meu sonho de poeta ( ? )

Interrompeu-se ...

E os versos que faço

Estão em mim , colados nos meus olhos

O que vejo, toco e sinto

já não escrevo.

 

Voltarei? Talvez um dia ....

 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 22:28
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Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

Devagar no Jardim ...

 
Devagar no jardim a noite poisa

     E o bailado

                    dos seus passos

Liberta a minha alma dos seus laços,

            Como se de novo

                     fosse criada cada coisa.

            

 

Sophia de Mello Breyner

 

 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 20:40
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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008

Nada se perdeu em mim

the_gift_500.jpg (30849 bytes)

Pintura de Steven Kenny

 
 

Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade.
 

Sophia de Mello Breyner 
 
 

escrevinhado por MT-Teresa às 07:04
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Terça-feira, 24 de Junho de 2008

As Casas

 
" Reflexos de Céu "

 

 

 

 

Casas do Cruzeiro, Aldeia do Sabugueiro, Serra da Estrela

(foto de MT-Vivências)

 
 
Há sempre um deus fantástico nas casas

Em que eu vivo, e em volta dos meus passos

Eu sinto os grandes anjos cujas asas

Contêm todo o vento dos espaços

 

Sophia de Mello Breyner, in Dia do Mar

 
 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 19:37
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Sábado, 3 de Maio de 2008

Adoro Lisboa e o Tejo

 

 

Fotos de MTeresaVivências, Lisboa e o Tejo vistos do Miradouro da Srª do Monte, à Graça

 
....

 
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas
 

( ... )

 

Sophia de Mello Breyner

 

 
 

neste momento estou: alfacinha de gema
ao som de: Madredeus - Adoro Lisboa

escrevinhado por MT-Teresa às 00:31
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Terça-feira, 22 de Abril de 2008

Memórias de Abril 1

 
A Memória, de Magritte

 

Cantaremos o desencontro:

O limiar e o linear perdidos

 

Cantaremos o desencontro:

A vida errada num país errado

Novos ratos mostram a avidez antiga

 

Sophia de Mello Breyner, "Poema", in O Nome das Coisas

 
 

neste momento estou: bem

escrevinhado por MT-Teresa às 16:17
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Domingo, 4 de Novembro de 2007

o Mar

  

Fotos: MT

 

 

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim

 

Sophia de Mello Breyner

 

 

neste momento estou:

escrevinhado por MT-Teresa às 10:06
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Domingo, 30 de Setembro de 2007

Despedida de Verão

 




Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura.

Sophia de Mello Breyner



...... 




Neste fim de tarde em que os ares frios e as chuvas do Outono já começam a chegar, senti de repente a nostalgia. Nunca gostei do Outono apesar dos tons magníficos com que as árvores se pintam. Fazem-me falta os dias lentos e as noites cálidas de Verão, onde quase se podem contar as estrelas e retribuir o sorriso da lua.
 


A minha despedida do Verão é em azul e recebo o Outono também em azul para enganar os cinzas.


 

 

neste momento estou: A despedir-me do Verão

escrevinhado por MT-Teresa às 22:11
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Sábado, 12 de Maio de 2007

Dia de Hoje

 

.

Ó dia de hoje, ó dia de horas claras

Florindo nas ondas, cantando nas florestas

No teu ar brilham transparentes festas

E o fantasma das maravilhas raras

Visita, uma por uma, as tuas horas

Em que há por vezes súbitas demoras

Plenas como as pausas dum verso

.

Ó dia de hoje, ó dia de horas leves

Bailando na doçura

E na amargura

De serem perfeitas e de serem breves.

.

Sophia  De Mello Breyner

.

neste momento estou: viva

escrevinhado por MT-Teresa às 22:35
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Quarta-feira, 11 de Abril de 2007

Abril

  Foto: João G

.

Vinhas descendo ao longo das estradas,

Mais leve do que a dansa

Como seguindo o sonho que balança

Através das ramagens inspiradas.

.

E o jardim tremeu,

Pálido de esperança.

 

.

 

Sophia de Mello Breyner ( Dia do Mar)

.


escrevinhado por MT-Teresa às 19:21
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Terça-feira, 27 de Março de 2007

Quem és tu?

.

Quem és tu que assim vens pela noite adiante,
Pisando o luar branco dos caminhos,
Sob o rumor das folhas inspiradas?

.

A perfeição nasce do eco dos teus passos,
E a tua presença acorda a plenitude
A que as coisas tinham sido destinadas.

.

A história da noite é o gesto dos teus braços,
O ardor do vento a tua juventude,
E o teu andar é a beleza das estradas.

.

Sophia de Mello Breyner

.


escrevinhado por MT-Teresa às 22:29
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Quarta-feira, 21 de Fevereiro de 2007

Amor

 de Alfred Gockel

.

Mas como és belo, amor,

de não durares,

De ser tão breve e fundo

o teu engano,

E de eu te possuir

sem tu te dares

.

Sophia de Mello Breyner

.


escrevinhado por MT-Teresa às 21:59
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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007

Amanhecer

.

Sonhei com lúcidos delírios
À luz de um puro amanhecer
Numa planície onde crescem lírios
E há regatos cantantes a correr
.
 
Sophia de Mello Breyner in Dia do Mar
.

escrevinhado por MT-Teresa às 07:25
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Domingo, 3 de Dezembro de 2006

Deserto

 

Para atravessar contigo o deserto do mundo

Para enfrentarmos juntos o terror da morte

Para ver a verdade para perder o medo

Ao lado dos teus passos caminhei

Por ti deixei meu reino meu segredo

Minha rápida noite meu silêncio

Minha pérola redonda e seu oriente

Meu espelho minha vida minha imagem

E abandonei os jardins do paraíso

Cá fora à luz sem véu do dia duro

Sem os espelhos vi que estava nua

E ao descampado se chamava tempo

Por isso com teus gestos me vestiste

E aprendi a viver em pleno vento

Sophia de Mello Breyner


escrevinhado por MT-Teresa às 02:03
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Pudesse eu

  "Retrato" de T.E.

Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!

Sophia de Mello Breyner

 

neste momento estou: intransitável

escrevinhado por MT-Teresa às 01:17
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Mar Sonoro

Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim
.

Sophia de Mello Breyner

neste momento estou:

escrevinhado por MT-Teresa às 01:12
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Eis-me

 "Mulher adormecida" de Picasso

Tendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sózinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente

Sophia de Mello Breyner

 

neste momento estou:

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Sábado, 25 de Novembro de 2006

Ausência

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner


escrevinhado por MT-Teresa às 19:35
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