Foto de Jonh Kimberley
Ó Poesia sonhei que fosses tudo
E eis-me na orla vã abandonada
Uma por uma as ondas sem defeito
Quebram o seu colo azul de espuma
E é como se um poema fosse nada
Sophia de Mello Breyner
........
E o meu sonho de poeta ( ? )
Interrompeu-se ...
E os versos que faço
Estão em mim , colados nos meus olhos
O que vejo, toco e sinto
já não escrevo.
Voltarei? Talvez um dia ....
Não é o coração
mas esta carne
em seu rumor.
Não é o coração
mas teu silêncio
de intenso furor.
Não é o coração
mas as mãos
sem corpo, vazias.
Na grave melodia
de um instante
tu e eu
em desequilíbrio
na infame
consistência
de um absoluto
obstáculo.
Ana Marques Gastão
Óleo de Van Gogh
Procurou-me uma estrela na noite dos meus sentidos
Cadente, como as palavras que já não dizes
Reluzente, como o teu olhar distante
Perdido...
foto minha, Praia de S. Julião
deixa-me sonhar-te,
meu amado
ainda que me curve sobre a tua ausência
e a dor rasgue a cortina espessa da memória.
MT-Teresa
(fotografia de Carla Maio-1000Imagens)
Esta noite sonhei passos no vazio da casa.
Os risos que eu ouvi, abriram janelas a pássaros sem asas
presos ao meu leito.
O silêncio tem a tua voz.
Mas eu guardo ainda o rumor das tuas águas
a bater-me no peito.
Só te sinto à noite, quando a lua se descobre.
De manhã acordo, e sonho que te beijo.
MT-Teresa
(Imagem de autor desconhecido)
A minha amiga "Doce Quimera" daqui, que também é Maria Teresa como eu, vai hoje concretizar um dos seus sonhos.
A apresentação do seu primeiro livro "Cardos e Quimeras"
é hoje, às 17,00h, no
Auditório da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia (Rua General Torres, por detrás do edifício da Câmara Municipal),
e a sua poesia é assim:
Envio-te daqui, amiga das terras do Norte, os meus sinceros parabéns pela concretização do teu sonho, uma vez que não poderei estar presente.
Que este dia seja um marco inesquecível na tua vida.
Quando o sol é da cor das searas
que brotam dos teus lábios
e os espinhos do teu roseiral
se transfiguram em doces rimas,
sinto-te árvore de fresca sombra
com poemas na ponta dos ramos.
Quando em noites de solidão
os luares te despertam os sentidos
e a dor se mistura com os desejos,
a paixão desenfreada
começa a arder em fogo lento
no teu corpo,
e sem pudor, escapam,
dos teus sonhos delirantes,
os resquícios da saudade
adormecida e inquietante.
Sim, és sombra eterna
a desafiar os instintos amordaçados,
tens um travo a maresia, olhos
de planícies lisas e solitárias,
e inventas palavras, certas,
com que te escreves de poeta.
MT-Teresa (16.11.07)
(dedicado)
Escultura de Rodin
Desperta-me de noite
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito
pois suspeitas
que com ele me visto e me
defendo
É raiva
então ciume
a tua boca
é dor e não
queixume
a tua espada
é rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas
E tomas-me de força
não o sendo
e deixo que meu ventre
se trespasse
E queres-me de amor
e dás-me o tempo
a trégua
a entrega
e o disfarce
E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lençol que desfazes
na pressa de teres o que só sentes
e possuíres de mim o que não sabes
Despertas-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo
e eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vais descobrindo vales
Maria Teresa Horta
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
...
Eu deixarei... Tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás
para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
Vinícius de Moraes
Imagem retirada do Google
" L'Oublies des Passions" Pintura de Jean Delville
As tuas mãos nas minhas
quentes e macias
seiva galopando
na minha pele branca
corrente sanguínea
passando em linha recta
aos olhos...
Ah...! Os teus olhos
rios calmos, doces
e esplendorosos de luz
divina
esses olhos que
me tomaram inteira
como se o meu corpo
estivesse neles
rubro, vibrante
faminto das carícias
que eu não tinha
E...o teu cheiro
indefinível que fica
para me roubar
a alma inteira
percorre o meu
pescoço, a boca
a face, a orelha
como fizeste
com os beijos
que me deste
Do teu rosto ausente
ainda sinto o toque
quente
e eu, pensando em ti
rogo aos deuses
mais um dia
para não morrer
hoje, desta agonia.
MT-Teresa
Agosto 07
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner
......
.
.
.
Óleo de R.Magritte
.
Deixei de saber ler
as linhas do teu rosto
difuso agora pelo tempo
que já não tenho
tempo que esgotei
porque as tardes
que esperei
se esfumaram na memória
do que fomos
E o vento quando sopra
deixou de se parecer
com o som da tua voz
que vou esquecendo...
tal como o aroma
das flores
que espalhaste no meu corpo
e já não sinto...
.
corpo
agora perfumado
por outros cheiros
de rosmaninho
e com sabor a sal
de outros mares
.
Por mim
deixei cair as folhas brancas
dos teus versos rubros
na serenidade das coisas
mortas
e esquecidas
onde jazem as lágrimas
azuis
que já sequei
e o amor
que abandonei
.
Nas alvoradas
já despontam outras claridades!
.
Outras neblinas me cobrem
de novo a face
onde se podem perceber
claramente
os sinais da liberdade
.
.
Porque não vens agora, que te quero
E adias esta urgencia?
Prometes-me o futuro e eu desespero
O futuro é o disfarce da impotência....
Hoje, aqui, já, neste momento,
Ou nunca mais.
A sombra do alento é o desalento
O desejo o limite dos mortais.
Miguel Torga
Al perderte Yo a ti
Tú y Yo hemos perdido
Yo porque tú fuiste lo que Yo más amaba
Y tú porque Yo era el que te amaba más.
Pero de nosotros dos
Tú pierdes más que Yo:
Porque Yo podré amar a otras
Como te amaba a ti
Y a ti no te amarán
Como te amaba Yo.
Ernesto Cardenal
.
Pintura de Turner
Água, sal e vontade - a vida!
Azul - a cor do céu e da inocência.
Um lenço a colorir a despedida
Da galera da ausência...
.
Mar tenebroso!
Mar fechado e rugoso
Sobre um casto jardim adormecido!
Mar de medusas que ninguém semeia,
Criadas com mistério e com areia,
Perfeitas de beleza e de sentido!
.
Vem a sede da terra e não se acalma!
Vem a força do mundo e não te doma!
Impenitente e funda, a tua alma
Guarda-se no cristal duma redoma.
.
Guarda-se purificada em leve espuma,
Renda da sua túnica de linho.
Guarda-se aberta em sol, sagrada em bruma,
Sem amor, sem ternura e sem caminho.
.
O navio do sonho foi ao fundo,
E o capitão, despido, jaz ao leme,
Branco nos ossos descarnados;
Uma alga no peito, a flor do mundo,
Uma fibra de amor que vive e treme
De ouvir segredos vãos, petrificados.
.
Uma ilusão enfuna e enxuga a vela,
Uma desilusão a rasga e molha;
Morta a magia que pintava a tela,
O mesmo olhar de há pouco já não olha.
.
Na órbita vazia um cego ouriço
Pica o silêncio leve que perpassa...
Pica o novo feitiço
Que nasce do final de uma desgraça.
.
Mas nem corais, nem polvos, nem quimeras
Sobem à tona das marés...
O navio encalhado e as suas eras
Lá permanecem a milhentos pés.
.
Soterrados em verde, negro e vago,
Nenhum sol os aquece.
Habitantes do lago
Do esquecimento, só a sombra os tece...
.
Ela és tu, anónimo oceano,
Coração ciumento e namorado!
Ela que és tu, arfar viril e plano,
Largo como um abraço descuidado!
.
Tu, mar fechado, aberto e descoberto
Com bússolas e gritos de gajeiro!
Tu, mar salgado, lírico, coberto
De lágrimas, iodo e nevoeiro!
Miguel Torga
.
Óleo de Pablo Picasso
.
A Poesia
tem as estrelas da manhã
alinhadas em circulo
como um farol de aviso
aos navegantes
incautos e perdidos
que me habitam
.
Se eu pudesse
mascarava-me de lua nova
(que se esconde nas tramas
nebulosas
do meu sentir)
e escarnecia das sombras
fantásticas
que me desafiam
com versos
.
Teresa (MT)
.
Óleo de Isabel Nadal
.
.
Nas minhas mãos
existem raros odores
sulcos multicolores
gotas d'água
fugidias
linhas cortadas
cruzadas
a que chamam destino
.
Destemida
dou a cara ao desconhecido
e nunca me esquivo
mas
ainda me espanto
com as teias
artimanhas
máscaras e trejeitos
que me lançam no caminho
aqueles que me seguem
e se convencem
.
que me sabem
que me prendem
que me calam
.
Lutadora
sei os pontos, as virgulas
os parágrafos
e as reticências
desta "estória"
que sou eu
.
porque
.
só eu
detenho a chave
e a senha certa
e troco as voltas
quando é preciso
desfazer equívocos
e bato a porta
quando tudo se esgota
e grito
não vale a pena
.
Teresa (MT) - 24/06/07
.
.
Lenta declina a luz e a noite vai
Entrando azul no tardo entardecer.
Vaga e intérmina uma folha cai;
Subtil suspira um deus nesse descer.
De uma névoa lilás a lua sai
E quebra-se no mar sem se mover.
Sons e cores, vibrações, tudo se esvai
Num lânguido desejo de morrer.
Castidade da noite absoluta,
Num galho imaterial um silfo escuta
O segredo das flores que estão sonhando.
Êxtase. A eternidade passa perto.
Gotejam astros. O mundo está deserto.
Só eu existo, fantástica....esperando....
.
Natália Correia
.
.
Quando me dás
os teus versos
invade-me a urgência
do teu toque
e a sede dos teus beijos
Quando uma brisa
me afaga o rosto
lembro-me das carícias
que me guiam
pelos vales
virgens dos sentidos
Quando a luz do luar
me banha
na minha nudez
sonho com o teu corpo
a misturar-se no meu
como uma hera
divina
a entrelaçar os astros
Quando as ondas do mar
me fustigam
alterosas
refugio-me na memória
do teu sorriso aberto
como se fosse
uma âncora
para me salvar
E quando...
sinto a solidão
invadir o espaço
branco
da tua ausência
fico muda e parada
e apenas escrevo
e decoro
os versos gastos
repetidos
como se fossem
cantos perdidos
mascarados de esperança
.
Teresa (MT)
.
.
.
Aquilo que escrevo
ao correr da pena
não é pensado
ou até forjado
mas é sentido
e dito
com a minha voz
que grita
ou silencia
as palavras soltas
na minha boca
.
Em azul, rosa ou cinza
faço versos de papel
em teias de mares
de mel
que emergem
dos meus sonhos
.
Podem
baralhar as formas
trocar os verbos
jogar com eles
dar-lhes a volta
emendar os pontos
.
mas
.
só eu sei
as letras
e o significado
deste meu fado
que canta em mim
.
Teresa (MT) - 21/06/07
.
.
Visto-me de azul todos os dias.
O sorriso é azul-celeste
O olhar é azul-mar
.
Até as ruelas que cruzo
E as pedras da calçada
Roubam as flores do céu
Quando ficam azuladas
.
De rosas me vesti hoje
Para emoldurar o encanto
Dos sonhos com que me deito
.
Pintei de rosa os azuis
De que são feitos os prantos!
.
"Pássaro Azul " de Isabel Nadal
.
.
Pintura de Balthus
"Therese"
.
.
.
No meu olhar
existe um azul
acinzentado
que junto ao mar
se pinta
de azul-esverdeado
mas...quando te olho
o meu azul
ganha mais cor
como a lua cheia
quando se debruça
à janela
e a luz do sol a beija
e quando fico
parada
no azul do teu abraço...
sou tela branca
musa inspiradora
dos versos
que me fazes
Vem!
Pinta-me a alma,
as mãos, o peito
e leva-me contigo
num voo azulado
.
Teresa E
.
.
.Florbela Espanca
Foto de Gregória Correia
.
.
"Conversas com o vento"
Perguntei por ti, ao vento...
I
perguntei por ti, ao vento
confiante no seu saber
certo de que saberia ler
a magia do momento
agitou-se a rama do pinheiro
como linguagem gestual
o som forte no pinhal
disse franco, que primeiro
diria eu, porque razão
lhe fazia esta interrogação
tão vaga e desconcertante
ao que respondi, prontamente:
é esta paixão certamente
que reclama o amor distante...
e o vento reflectindo...foi dizendo:
II
o que te digo é complexo
é total e absorvente
de dia é luz, é reflexo
força motriz, roda persistente
é sorriso afável, é ternura
prazer ilimitado, é visão
é fraternidade e candura,
é lírio, amor-perfeito, paixão
à noite, é lua cheia
constelação piramidal
orion ou cassiopeia,
verso, poema fundamental
perguntaste-me por ela... e eu digo:
é no tempo, o minuto
no horizonte, linha mestra
na árvore, o prório fruto
na palavra, a palestra
é água de um rio secreto
fogueira de uma ilusão
tesouro em cofre aberto
sonho do sonho, é paixão
mística mistura de amor
infinito exponencial
obra-prima, átomo gerador
da verdade existencial
perguntei por ti, ao vento...
e o vento disse:
III
É a heroína de muitas lutas que ganha aos maus, na última página do livro da vida.
Escreve por norma, palavras brancas, cujo significado são nomes de flores inventados, sob a forma de coração, que umas vezes se confundem com guitarras, outras, com beijos rubros e incandescentes.
Respira perfumes desconhecidos, oriundos das ondas do mar, que em noites de lua cheia a transmutam, ora em caravela, ora em gaivota branca e que assim lhe permitem obter visões celestiais, das sete partes do mundo, que depois, em mansas marés ou à janela da casa das flores, resume em poemas afrodisíacos.
Alimenta a alma com as cores virgens da natureza, o que faz dela o "fantasma bom", das consciências obscuras e sempre, mas sempre, juiz supremo do inconformismo.
Chora e ri como os humanos, mas é mais do que isso, perpetua-se na memória dos humildes e inocentes, apenas pelo som do seu sorriso e pelo calor que emana do seu olhar.
Tem no gesto a íntima e fina condição de mulher, por isso Virgem nos sonhos, com que diáriamente se reconstrói, sempre mais bela, no modo e na permanência.
É o verdadeiro "amor-perfeito".
Tu... sombra...
só aprendeste a amar, o amor que os homens sabem fazer...
o imperfeito!
.
Autor: Victor
José L Santos (pseudónimo)
(sombra)
........
Tenho um amigo desconhecido, que tem deixado ao longo de muitos meses, verdadeiras pérolas, escondidas em conchas/comentários e que eu de tempos a tempos, dou a conhecer a quem me visita. Todos os que aqui o têm lido, já manifestaram a profunda admiração por tudo aquilo que escreve, quer em forma de poesia, quer em prosa.
É conhecido aqui, como Sombra, mas já utilizou vários outros nomes, nomeadamente no ínicio do Vivências.
O pseudónimo Jose L Santos, foi escolhido por ele, quando o desafiei a escolher um nome, para assinar a sua Poesia.
.
Victor, será o seu nome verdadeiro.
.
Na blogosfera, tudo é possivel, até criaram-se pontes/laços entre pessoas que não se conhecem.
.
Quero prestar mais uma vez, um tributo, à pessoa que está por detrás dos vários nomes e divulgar de novo a sua Poesia.
.
Envio-lhe amigo Victor, um abraço carinhoso, desejos de rápida recuperação e acredite: - Todos sentimos a sua falta.
.
Quanto a mim...continuo a perguntar por si...ao vento!
.
Bj
Teresa
.
.
Ó dia de hoje, ó dia de horas claras
Florindo nas ondas, cantando nas florestas
No teu ar brilham transparentes festas
E o fantasma das maravilhas raras
Visita, uma por uma, as tuas horas
Em que há por vezes súbitas demoras
Plenas como as pausas dum verso
.
Ó dia de hoje, ó dia de horas leves
Bailando na doçura
E na amargura
De serem perfeitas e de serem breves.
.
Sophia De Mello Breyner
.
.
Blogs
Eléctricos de Lisboa e não só...
Memórias de um Músico de Baile
Prosa Poética de Maria Luisa Adães
Apagados mas guardados na memória
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