Domingo, 3 de Maio de 2009

Se eu pudesse...Mãe!

foto de Nicolas Valentin

 

Devolvia-te o teu  reflexo enquanto jovem.

 

[ mas não posso ]

 

 

neste momento estou: meio triste

escrevinhado por MT-Teresa às 16:56
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Sexta-feira, 17 de Abril de 2009

Meu Filho

Together by Pierre Marcel. 

Pierre Marcel, "Together"

 
" Olha à direita e à esquerda do tempo, e que o teu coração aprenda a estar tranquilo "

 
Garcia Lorca

 
 


 
 

 
Já muito escrevi sobre o que foi e como foi. A tua vida e a minha. A nossa vida. Já sabes do meu amor por ti e do meu orgulho em ser mãe da  pessoa maravilhosa que sempre foste e continuas a ser.
 
Hoje, 17 de Abril 2009, dia do teu 30º aniversário, decidi escrever-te sobre o futuro. 
 
São palavras de confiança e de serenidade que te quero transmitir para que continues a caminhar com passos firmes e seguros pela estrada que vais percorrendo dia-a-dia. As escolhas são tuas, no entanto nunca te esqueças de olhar para os lados, pois não estás só e os outros muitas vezes ajudam-nos na caminhada, que é nossa vida.
 
Serenamente aprendeste a gerir a tua vida tão complicada e cheia de stress, e apesar de sentir muitas vezes um aperto no coração por te ver tão desgastado com a tua vida profissional, sinto uma grande paz por observar que estás à altura dos desafios desta época especialmente difícil que atravessamos.
 
A tua vida tem sido até hoje pautada pelos princípios fundamentais que fazem de ti um homem de bem. O desporto contribuiu em grande escala para a tua formação e gostaria que encarasses com grande serenidade e acima de tudo com dignidade o momento, que adivinho próximo, de o abandonares. Vai ser doloroso, meu filho, eu sei. Contudo, deixas a tua marca no clube do teu coração e acima de tudo nos amigos que fizeste e que te acompanharão  pela vida fora.
 
Nunca esqueças que a paz interior é fundamental para se viver em paz com os outros. A aprendizagem é permanente. Não te deixes sufocar por este mundo cada vez mais complicado e injusto, nem te deixes embalar pelo discurso fácil do poder e do dinheiro, esquecendo o essencial da vida e dos seres humanos que são o Amor, a Amizade, a Solidariedade, a Justiça,  a Lealdade e a Tolerância.
 
Parabéns meu filho.
Serenamente te abraço. Tu és o bem mais precioso da minha vida e a pessoa que mais amo.
 
O meu coração está sempre junto ao teu.

 
 

neste momento estou: feliz por ter um filho como tu

escrevinhado por MT-Teresa às 06:57
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Terça-feira, 7 de Abril de 2009

Deixa-me Voar ...

Paula Rego

  
 
...
deixa-me voar uma vez mais sobre
esta terra de ninguém onde morro
por qualquer coisa que me fale de ti ...
 

 
Alice Vieira, Dois Corpos Tombando na Água  (excerto)

 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 07:30
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Terça-feira, 31 de Março de 2009

Mãe

 
 

No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.

 

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

 

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

 

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.

 

Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

 

Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

 

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

 

Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

 

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

 

Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...

 

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

 

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.

 

Boa noite. Eu vou com as aves.

 

Eugénio de Andrade

 

......

 

85 anos, Mãe!

Agora, que nos olhamos sem sombras a  toldar o nosso amor.

Que a dor se fundiu com a compreensão e deu lugar à paz.

Agora, Mãe...! Posso dizer que caminhamos de mãos dadas num caminho único.

 

" Eu vou com as aves  "  e de vez em quando levo-te comigo.

 
Parabéns, Mãe.

 
 

 

neste momento estou: feliz com a minha mãe

escrevinhado por MT-Teresa às 09:36
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Terça-feira, 17 de Março de 2009

Quanto, quanto me queres?

Rodin

 

Quanto, quanto me queres? - perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.

Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...


 

Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...


 

Não perguntes, não sei - não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.

 
António Botto

 
( 50 anos da sua morte)

 


escrevinhado por MT-Teresa às 19:50
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Sábado, 14 de Fevereiro de 2009

O Amor

 

 
Mal fora iniciada a secreta viagem,

um deus me segredou que eu não iria só.

 
Por isso a cada vulto os sentidos reagem,

supondo ser a luz que o deus me segredou.

 

 
David Mourão Ferreira

 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 02:22
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Sábado, 3 de Janeiro de 2009

A minha Mãe

(imagem de autor desconhecido)

 
Chegou com aqueles olhos muito vivos e o sorriso de outrora que me fizeram esquecer os muitos anos de vida e as marcas inegáveis no seu rosto de anciã. A velhice, além das dores de ossos e outras maleitas, trouxera-lhe também alguma serenidade e resignação perante as diversas coisas que ia gradualmente deixando de poder fazer no seu dia-a-dia. 
 
Os últimos anos não tinham sido generosos com ela. Nunca se está preparado para uma velhice repentina, mesmo que a idade já seja avançada Para mim, que a observo em silêncio e sem valorizar aparentemente essa realidade cruel, também é doloroso assistir à galopada infernal da decadência que inevitavelmente vem com a velhice.

Mas naquele dia, ela vinha radiosa e feliz, na sua camisola nova e colar de pérolas, preparada para o jantar de Ano Novo em minha casa. Eu, atarefada com os preparativos, andava de um lado para o outro, cheia de energia, como ela sempre gostou.

 
É pela minha energia e vontade de fazer coisas que ela mede a forma como me sinto.

Ela sabe. Conhece-me como ninguém e confesso que isso muitas vezes me incomodou.  
 
 

Mas, agora, já não me escondo do seu olhar.

Já não fujo. Já não "represento".

Deixou de ter importância desde que a comecei a "ver" de outro modo.

E temo que o que ela sempre diz, em cada Natal e Ano Novo que passa  "Este vai ser o último", possa acontecer de um momento para o outro.

 
 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 12:49
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Terça-feira, 21 de Outubro de 2008

Vinicius

Marc Chagall

 
 

 

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 
Soneto da Fidelidade, Vinicius de Moraes

 
 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 07:45
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Terça-feira, 7 de Outubro de 2008

Vegetal e Só

Maggie Taylor

 

É outono, desprende-te de mim.

 
Solta-me os cabelos, potros indomáveis

sem nenhuma melancolia,

sem encontros marcados,

sem cartas a responder.

 
Deixa-me o braço direito,

o mais ardente dos meus braços,

o mais azul,

o mais feito para voar.

 
Devolve-me o rosto de um verão

Sem a febre de tantos lábios,

Sem nenhum rumor de lágrimas

Nas pálpebras acesas

 
Deixa-me só, vegetal e só,

correndo como rio de folhas

para a noite onde a mais bela aventura

se escreve exactamente sem nenhuma letra.

 
Eugénio de Andrade

 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 20:36
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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

O Fim do Verão

Escultura em papel de Sue Blackwell

 
 

... e de novo entre nós aquele choro de quem
não teve tempo de preparar a despedida
com as palavras certas
porque as palavras certas estavam todas
em histórias erradas
que outros escreveram em lugares nublados
que nem vale a pena tentar recompor

muito ao longe uma voz desgarrada
estabelece o fim do verão


e eu adormecida para sempre
no teu peito ...

 

Alice Vieira (excerto)

 

......

 

Desce a neblina sobre os dias ...

 

                                 e o Outono

                                             cobre-me de reflexos avermelhados.

 

Escondo-me ... assim ... dos cinzas

que me espreitam

                        do passado.   

 
          


escrevinhado por MT-Teresa às 09:58
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Sábado, 6 de Setembro de 2008

A Visita da Cegonha

 
A cegonha visitou ontem o meu sobrinho, filho da Margarida  e do João.

Entregou-lhe cuidadosamente um bébé embrulhado em nuvens de algodão e céu muito azul. Com ele vinha um cartão cheio de estrelinhas reluzentes que dizia:

 

-  Olá, sou o Diogo, e preciso de todo o vosso amor.

 

Estamos todos muito felizes com a chegada do 1º bebé da nova geração.

 

( Cá para mim há todas as probabilidades de virmos a ter mais um jogador de rugby na família. Aposto que muito em breve vai haver alguém  que lhe vai dar um bola e o ensina a dizer Benfica )

 
 

É realmente uma alegria o nascimento de uma criança. 
 
 
 

neste momento estou: emocionada e feliz

escrevinhado por MT-Teresa às 11:23
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Quinta-feira, 4 de Setembro de 2008

Os Doces da Vida

Imagem retirada da Net

 
"Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons "

 

Carlos Drummond de Andrade

 
.....

 

Este post não é uma provocação, mas sim uma tentativa de vos adoçar a boca, independentemente das idades.

 

Tenho estado um pouco ausente do Vivências mas garanto-vos que não perdi:

o doce;

o sal;

a alegria;

a vontade de viver e de amar.

 
 

Talvez...tenha perdido a vontade de escrever.

(a paz e a felicidade às vezes têm destas coisas)

 
Sirvam-se à vontade!

 

neste momento estou:

escrevinhado por MT-Teresa às 19:39
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Sábado, 23 de Agosto de 2008

"Um céu maior que este mundo"

Foto de MTeresaVivências  (Pôr de Sol na praia de S. Julião)

 
 
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo

 
 
Cecilia Meireles, Serenata (excerto)


 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 09:42
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Sexta-feira, 15 de Agosto de 2008

O Verão do meu contentamento

Foto de MTeresaVivências

  

(Um girassol do meu pequeno jardim) 
  
 
------

 

As nuvens que me ensombraram 

a alma, em estações frias e cinzentas,

levou-as o vento. Um sol radioso 

floresce no sorriso tórrido do girassol

que me enfeita o rosto. 

Este rosto, sem os traços da solidão

e do cansaço, é como uma janela aberta, por onde a lua espreita

e as estrelas se encontram nas noites cálidas de Verão.

O mar, aparece, triunfante, a dançar nos meus olhos.

A areia, sob os meus pés, deixou de ser um deserto

esmagador e cobre-me de finos grãos. A suavizar-me os passos.

 

Regresso, com flores nas mãos,

e o corpo perfumado de maresias.

Conchas, com o mar lá dentro, enfeitam-me o cabelo

agora mais doirado pelos raios solares.

 

O Verão, apagou-me as lágrimas

porque me devolveu a lisura dos dias

e as noites de paixão.

 
 
 

 

 

neste momento estou: renascida

escrevinhado por MT-Teresa às 13:15
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Domingo, 20 de Julho de 2008

(Re) Encontrar Cohen (2)

 
 

 

Leonard Cohen, Lisboa (fotos de MTeresaVivências)
 
 
....

 
Uma noite mágica com a lua a beijar o Tejo

.....

 
 

E valsei nos teus braços, Leonard...

Como se fosse uma das "Ten Pretty Women in Viena"

Gritei que sim,  quando disseste  "I am your man"

Emocionei-me, quando, todos juntos

Cantámos " Alleluia"

Estremeci com a verdade de "Ain't no Cure for Love"

Dei-te a mão na "Boogie Street" do teu descontentamento

Por fim, quando disseste " Closing Time"

Atirei-te um beijo e  murmurei:

Até sempre, Leonard...

 
"Everybody Knows..."

 
 
 

 

ao som de: Leonard Cohen

escrevinhado por MT-Teresa às 18:33
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Sábado, 19 de Julho de 2008

(Re) Encontrar Cohen (1)

birdcage_500.jpg (25987 bytes)

Óleo de Steven Kenny

 
  
Like a bird on the wire

Like a drunk in a midnight choir

I have tried in my way to be free

 
 

 

 

 

Leonard Cohen  
 

 

" A meio do percurso da minha vida, dei por mim num bosque sombrio "
 
.....

 
Logo à noite, tenho um encontro marcado com este  Senhoraqui.

 
 

Quando a música e a poesia tomarem conta de mim,

vou soltar os pássaros nostálgicos que pararam nos meus olhos.

  
 
 

ao som de: Leonard Cohen - Here it is
neste momento estou: espectante

escrevinhado por MT-Teresa às 13:03
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Terça-feira, 15 de Julho de 2008

Febre

constellation_1_400.jpg (30751 bytes)

Pintura de Steven Kenny , " Constelação"
 

 
( ... )

corre um vento

vento de febre - sismo de orquídeas que acalma

quando acendes a luz e abres as asas

vibras e

levantas voo

 

Febre, Al Berto, in Horto de Incêndio

 
 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 22:16
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Domingo, 6 de Julho de 2008

A Tela

 

Fotografia de Waclaw Wantuch

 


 

 
Se eu fosse tela A lva de fino linho

Deixava-me pintar de A zul-cobalto  para me confundir com o mar.

De V erde-esmeralda pincelava o contorno do meu corpo

E os meus lábios retocava de C armim

 
 

Por fim... rasgava a solidão

que me cerra as pálpebras, com a cor O cre do S ol,

e quando as nuvens de Preto-M arfim me escurecessem os sentidos

esconder-me-ia no quadro COLORIDO  que fiz de mim.

  
 
 

 

neste momento estou: ligeiramente escurecida

escrevinhado por MT-Teresa às 01:00
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Domingo, 1 de Junho de 2008

" Hoje, confesso..."

Imagem, O Principezinho ( Saint-Exupéry)

 
 

" ... Hoje, confesso, acordei com vontade de ser feliz.
Amarrei, até, no pulso o amor-perfeito
que foi secando no meu peito e retomei a velha máxima:
        não deixar que qualquer angústia atinja o coração
Um castelo de areia, é tudo quanto quero
para acostar o meu barco de papel ... "
 
Graça Pires
 
...
 
Para ti, meu filho, meu amor-perfeito, no Dia Internacional da Criança, que não deixes morrer a criança dentro de ti.

Para ti, meu pai, minha saudade, que conservaste até ao fim, a pureza de uma criança.

 
 


escrevinhado por MT-Teresa às 14:20
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Quinta-feira, 29 de Maio de 2008

Labirintos

 

Forever Lost , pintura de Mike Worrall

 
 
 

Fiz da minha dor versos sem sentido
que escrevi em tons de cinza
no azul da minha alma enamorada
e quem me olhou  reconheceu-me de jardins antigos
onde outrora me entregava.
 
 
Transformei o (des)amor em labirintos 
e fui encontrada, quase morta,
(des) encantada. 
 
Que faço, agora, da alegria que me rouba
as palavras que eu escrevia?
 
 
 

 

 


escrevinhado por MT-Teresa às 07:36
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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

Acordei-me

 

Casa dos Poetas, de Maggie Taylor

 

 
 

Acordei-me.
O meu sonho recorrente ergue-se nas asas de um desejo azul
Salpicos de céu e farrapos de luas descendentes adornam-me os cabelos louros
Os meus olhos que já são azuis, ficam mais azuis de tanto olhar o mar.
 
[ Perdi-me, eu sei. No tempo em que te amava. Em vão ]
 
Acordei-me.
A tua imagem perdeu-se. Os teus versos levou-os o vento.
As casas onde agora o meu sonho dorme são outras. Mais brancas e azuis. Como eu.
O rosto que me olha tem a transparência dos dias claros. Como a verdade.
Tem ainda a doçura dos frutos de época.
A suave fragrância das especiarias mais raras.
E a luz dourada do sol.
 
 
 
Encontrei-me quando te esqueci;
por isso,
ainda bem que te perdi.
 
 

escrevinhado por MT-Teresa às 23:43
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Terça-feira, 13 de Maio de 2008

Mar

Foto de MTeresaVivências

 
 
Debruço-me sobre o mar que me corre nas veias
e toda eu me incendeio...!

[ no sol que ( re) tenho no colo ] 

Sossego-me
no desassossego
das marés que me fustigam
o rosto
alvoraçado
ao contemplar a dança
do horizonte em chamas


Refresco-me
na areia
movediça do teu corpo
e essa água
que eu bebo de ti
tem o sal e o fogo
dos meus cansaços
perpétuos e entranhados


Assim me descobres
secretamente
e ao encontrares-me
não sei se me perdes
se me possuis
(e) terna amante
deste mar de sargaços
e desejos
onde me deito

 
Ah! Mar azul incendiado

tanto sonho submerso nos teus braços.

 
 
 

 
 

ao som de: Cesária Évora - Mar Azul

escrevinhado por MT-Teresa às 23:05
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Sexta-feira, 9 de Maio de 2008

O Canto dos Pássaros

 
 

Pela manhã

Adormecem luas no meu peito.

O meu corpo desperta no teu

e o sol que entra pela janela

inunda a casa, expulsando as sombras

persistentes da ausência

 

o canto dos pássaros

confunde-se com os passos

que já percorreram os quartos

e que ficaram gravados

na memória da casa

 

agora são os teus

que se ouvem, apenas os teus

e o cantar dos pássaros... 

 
  
 


 


 

ao som de: Morning - Grieg
neste momento estou: desperta

escrevinhado por MT-Teresa às 07:17
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Domingo, 4 de Maio de 2008

Não envelheças, Mãe!

 
Mãe
Não quero ver a velhice a tomar conta
Dos teus gestos, da tua memória, dos teus passos.
 
 
Quando te olho
É o meu reflexo que vislumbro
No espelho do tempo 
De mão dada com a infância
Que já não tenho
 
Passou tão depresa, Mãe...!
O nosso tempo dos risos e das brincadeiras
De meninas.
 
Não sei porquê, Mãe, mas cego
Perante os sinais do tempo
Que te está a levar de mim
Aos poucos, de mansinho.
 
Não envelheças Mãe.
Não assim. Tão de repente.
 
 

neste momento estou: um pouco triste

escrevinhado por MT-Teresa às 21:38
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Quarta-feira, 23 de Abril de 2008

Fiz-me livro nas tuas mãos

 

Óleo de Antonio Peticov

 

 

Esta noite desfolhei-me nas tuas mãos
E fiz-me livro. Poema. Paixão.
 
Não me queiras toda...
Ainda não!
 
 
Deixa-me uma página
Apenas uma. Branca.
Desse livro inacabado
[ Que sou eu ]
P'ra te dar em segredo
Os meus beijos
Num soneto apaixonado.
 
 
Ah...! Meu amor!
O livro que escrevo a teu lado
Tem folhas de filigrana
A rendilhar-me o corpo.
 
 
São imaginários os versos que te faço
E rubros!
Como o ardor
Que leio nos teus lábios.
 
Não me queiras toda...
Ainda não!
Vem desfolhar-te tu.
Inteiro. Nas minhas mãos.
 
 
 
 

 
neste momento estou: bem

escrevinhado por MT-Teresa às 22:14
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Quinta-feira, 17 de Abril de 2008

O Tempo que passa

 

"The Book of Ages" de Mike Warrol

 
 

Escrevo-te a oiro no livro do tempo onde registo a vida.  

Sou porque tu és.

Este amor, meu filho, não se escreve.

 
Parabéns.


 

 

 

  

neste momento estou: feliz pelo meu filho

escrevinhado por MT-Teresa às 07:25
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Quinta-feira, 10 de Abril de 2008

Este Abril

 

 

Não sei que sombras me escureceram os olhos
nesta Primavera de Esperanças desmoronadas
Não sei se o sol se vestiu de lua nova
E o dia se escondeu entre cometas e nebulosas
Se as gotas de orvalho que me afagam o rosto
São lágrimas de estrelas a cair sobre mim
Se o rio que me corre nas veias
galgou as margens do meu corpo
deixando-me exangue
 
 
Não sei se o cantar das aves
se calou na Noite Profunda
Se os passos que pressinto
são de caçadores furtivos
a espreitar a morte
Se as flores silvestres de Abril
são Cravos acorrentados dentro de jarras
a desfolhar-se lentamente
em nome da Liberdade
 
Não sei se as Alvoradas ainda são Vermelhas
como as rosas que plantaram nos meus lábios
e se os Sonhos ainda são reféns da minha Utopia
quando vagueio por entre as brumas do passado
 
 
Não sei o que me fez, de repente,
não saber mais nada.
 
Talvez um interminável Inverno, no mês dos Cravos.
 
 

escrevinhado por MT-Teresa às 21:53
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Quinta-feira, 3 de Abril de 2008

O Eco

Óleo de Mike Worral  " The Imminent desires"
 
 
Só se ouve o eco das palavras
Que deixei de inventar
Lá longe
 Sobre as ondas do mar
 
Interrogo os peixes, as algas, os pássaros
Como se escreve o verbo amar?
 
Trazem-me as letras trocadas
Os pontos dispersos
E os nós desfeitos
Em luar
 
E eu, meu amor?
Eu...
Enfeitada de flores
Persisto em sonhar
 
 

escrevinhado por MT-Teresa às 20:35
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Sábado, 29 de Março de 2008

Primavera tardia

 

Óleo de Salvador Dali

 

Acordo com os sonhos a pesar-me na memória.
Não abro os olhos.
Não quero ver a cor do silêncio que inundou o quarto.
Não ouço os pássaros, como em manhãs de outras Primaveras,
E as flores que tenho presas na alma, ainda não abriram.
Adormecidas, nos sonhos que persisto em sonhar.
 
Talvez vá mergulhar-me no mar, e lave a solidão
Desta manhã que me humedeceu o olhar.
Talvez as flores se alegrem com a brisa da tarde,
E as árvores me ofereçam folhas de amor.
 
Talvez...
Sinta os teus passos a percorrer o jardim,
E em cada pétala caída pressinta o teu corpo
A desfazer-se em saudade.
 
 
[  A solidão já não devia surpreender-me ]
 

escrevinhado por MT-Teresa às 09:18
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Sexta-feira, 21 de Março de 2008

Escrever Poesia

 
 

Quando a poesia se desprende do meu corpo

Palavras desconhecidas saltam-me dos lábios

E o meu pensamento voa, de mãos dadas

Com pássaros fantasiados de poetas.

 

Sinto, então...

Nascer do meu peito de lua,

Asas translúcidas que me guiam 

No caminho tortuoso da imaginação.

 

Visto-me de flores para chamar a primavera.

Danço descalça por entre as nuvens de algodão que se espreguiçam ao sol.

 

Por fim...escrevo versos às estrelas

[que me acariciam ao cair da noite]

E poetas imortais sussurram-me poemas de amor.

 

Lisboa, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia 

 

neste momento estou: bem

escrevinhado por MT-Teresa às 19:01
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Quinta-feira, 20 de Março de 2008

"E Deus criou a mulher"

 

 
"Deus não podia estar em todo o lado e por isso criou as mães"

  
R. Kipling

 

 

neste momento estou: com força

escrevinhado por MT-Teresa às 07:21
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Quarta-feira, 19 de Março de 2008

Pai

 

Pai, hoje a chuva invade todos os caminhos.
Os céus, carregados de água, concedem-nos as lágrimas 
para aliviar a dor da ausência e da saudade.
 
...
 
Vejo-me na casa onde habitámos. E a tua ternura permanece
intacta, a acariciar a minha infância.
Os teus passos ouvem-se, ainda, no corredor da memória.
E, nas paredes brancas, descubro o teu rosto bondoso
a transbordar de amor por mim.
...
 
 
Pai, hoje não quero que me olhes.
Hoje, preciso que olhes por ele, o teu neto.
 
neste momento estou: novamente de coração apertado

escrevinhado por MT-Teresa às 09:12
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Segunda-feira, 10 de Março de 2008

Os segredos das Acácias

Foto de MTeresavivências
(Acácias em flor, Estrada de Marvão, Alto Alentejo)
 
 
Conheci o teu medo, nas curvas fechadas dos prantos.
Ternamente, descobri no teu rosto radioso, sombras 
e espectros vindos do nada. Recolhi os orvalhos dos teus olhos
E mostrei-te o esplendor das Acácias.
Imponentes, a desafiar os homens! E os deuses!
 
Silenciosas...cúmplices, cobriam-nos de flores
Trazidas pelo vento...
 
Olhámos as grinaldas amarelas
Como se fossem estrelas
A depositar beijos no firmamento.
 
E a tua alma, então, amaciou-se.
E ressurgiu resplandecente,
Cheia dos segredos de amor, que elas te revelavam.
Depois...cegou-nos a luz, 
Enquanto um fogo intenso nos incendiava os sentidos, dormentes.
 
 
neste momento estou: bem

escrevinhado por MT-Teresa às 19:36
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Segunda-feira, 3 de Março de 2008

Entardecer

Foto de MTeresaVivências

 

Entardeceu um sol estupefacto
por entre o casario alinhado
no horizonte dos meus olhos.
 
Surpreendem-me os teus risos,
claros, e a ternura dos teus beijos
desperta-me do sono, profundo,
permanente...que me agitava os dias.
 
Na vila dos teus encantos
existe o mar, a salpicar-te os desejos.
 
Recosto-me nas ondas dos teus braços
e deixo-me levar, de mansinho, nos barcos
cheios de flores, que lanças no meu caminho.
 
 
neste momento estou: em paz

escrevinhado por MT-Teresa às 08:35
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Sábado, 23 de Fevereiro de 2008

Marionetas...?

 
" Somos todos campos de batalha, onde se digladiam deuses "

 
Paul Valéry

 
.....

 

Por vezes, sento-me em silêncio na minha casa e apenas me chegam os ruídos distantes e indistintos do mundo lá fora que me confortam. Gosto destes momentos raros em que deixo os meus pensamentos fluir em completa liberdade e a minha imaginação ultrapassa a minha memória. Normalmente, vejo surgir os rostos risonhos e luminosos daqueles que fizeram parte da minha vida e começo a separar as coisas boas das menos boas e retenho as primeiras intencionalmente. É assim que quase sempre engano a memória. Então, sorrio,  e vejo desfilar perante mim, os vários capítulos, agrupados consoante as situações,  chegando quase sempre à conclusão gratificante de que tudo valeu a pena e que todas as pessoas passaram por mim com um propósito e um desígnio e que o que elas deixaram é na maioria dos casos, algo que nunca esquecerei e que me fez crescer interiormente.

 
                

Não sei dizer se são os deuses que comandam este ciclo de constante renascimento, e que eu, nas suas mãos, sou apenas uma simples boneca de carne e osso, presa por fios invisíveis e finíssimos que me fazem andar ao sabor dos seus caprichos.

 

Sei, com toda a certeza, que o que sou intrinsecamente, não sofrerá alterações profundas.

Sei  que o amor sempre me sorrirá.

Sei que a amizade é minha companheira eterna.

Sei olhar e ver

Sei distinguir

Sei ouvir e compreender

Sei perdoar

 

Podem brincar comigo, os deuses.

Há certezas que são inabaláveis, por isso, pisco-lhes o olho provocatoriamente, e entro nas brincadeiras, com a certeza de que, mesmo caindo na rede que eles tecem, volto a sair renascida.

 

Não temam os deuses. Brinquem com eles.

 

 

neste momento estou: a brincar com os deuses

escrevinhado por MT-Teresa às 17:26
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Domingo, 17 de Fevereiro de 2008

O Livro Branco

(imagem retirada  do google)

 

agora, as letras são brancas
e o que escrevo só eu leio,
as palavras, essas,  que já não escrevo
mas que me pertencem, inteiras,
são roubadas pelo tempo
que agora não tenho
 
mas, ainda as sinto...
como se escrevesse
a preto, num livro aberto 
e branco.
 
 
 
neste momento estou: sem tempo

escrevinhado por MT-Teresa às 09:27
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Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 2008

Celebrar o amor

 

Estrela da Tarde

 

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

 

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

 

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor,  nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!

 

José Carlos Ary dos Santos

 

neste momento estou: bem

escrevinhado por MT-Teresa às 07:50
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Sábado, 9 de Fevereiro de 2008

O Jardim Secreto

  

Foto MTeresaVivências

 

 
e das profundezas do meu sentir azul

[onde as alvoradas se escondiam]

amanhecem flores rosáceas...

 

o vazio dilui-se na mistura líquida dos prantos

e o sal sagrado da tua boca tempera o meu corpo

dando vida às areias moribundas da paixão

 

lentamente, deixo que invadas o meu jardim secreto

onde amores nascem e morrem ao sabor do vento 

 

...cheio de ternura, semeias uma flor no chão do meu desejo

 

 

 

 

neste momento estou: bem

escrevinhado por MT-Teresa às 09:52
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Domingo, 3 de Fevereiro de 2008

O Carnaval da Vida

 

E em tempo de máscaras e de rostos encobertos e dissimulados,

 saltam da multidão anónima faces amigas e encorajadoras

 e mãos suaves que apertam as nossas solidariamente.

As palavras e os gestos que nos chegam são de uma generosidade extrema.

Estranhamente, a ausência faz a sua entrada triunfante

 no corpo de mascarados que o não deveriam ser.

No baile de máscaras que é a vida

 chega o momento da verdade.

 E de repente temos a visão nítida do que nos rodeia.

E do que realmente tem valor.

 

Neste tempo de máscaras permitidas,

o teu rosto, descoberto e luminoso,

rompe a ardilosa neblina que me mantinha cativa.

 Apesar da chuva e do tempo cinzento,

o que eu vislumbro

é um sol radioso e flores silvestres a nasceram nos caminhos.

 

 

neste momento estou: confortada apesar de tudo

escrevinhado por MT-Teresa às 22:11
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Sábado, 2 de Fevereiro de 2008

Dorme, meu amor...

 
 

" dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo.

 

Dorme, meu amor... "

 
 

Maria do Rosário Pereira 

 

.......

 

[ dedicado ao meu filho ]

 

 

neste momento estou: de ferro

escrevinhado por MT-Teresa às 22:30
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