Pierre Marcel, "Together"
" Olha à direita e à esquerda do tempo, e que o teu coração aprenda a estar tranquilo "
Garcia Lorca
Paula Rego
... deixa-me voar uma vez mais sobre
esta terra de ninguém onde morro
por qualquer coisa que me fale de ti ...
Alice Vieira, Dois Corpos Tombando na Água (excerto)
No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.
Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.
Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!
Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;
Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;
Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...
Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
Eugénio de Andrade
......
85 anos, Mãe!
Agora, que nos olhamos sem sombras a toldar o nosso amor.
Que a dor se fundiu com a compreensão e deu lugar à paz.
Agora, Mãe...! Posso dizer que caminhamos de mãos dadas num caminho único.
" Eu vou com as aves " e de vez em quando levo-te comigo.
Parabéns, Mãe.
Rodin
Quanto, quanto me queres? - perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.
Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...
Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...
Não perguntes, não sei - não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
António Botto
( 50 anos da sua morte)
Mal fora iniciada a secreta viagem,
um deus me segredou que eu não iria só.
Por isso a cada vulto os sentidos reagem,
supondo ser a luz que o deus me segredou.
David Mourão Ferreira
(imagem de autor desconhecido)
Chegou com aqueles olhos muito vivos e o sorriso de outrora que me fizeram esquecer os muitos anos de vida e as marcas inegáveis no seu rosto de anciã. A velhice, além das dores de ossos e outras maleitas, trouxera-lhe também alguma serenidade e resignação perante as diversas coisas que ia gradualmente deixando de poder fazer no seu dia-a-dia.
Os últimos anos não tinham sido generosos com ela. Nunca se está preparado para uma velhice repentina, mesmo que a idade já seja avançada Para mim, que a observo em silêncio e sem valorizar aparentemente essa realidade cruel, também é doloroso assistir à galopada infernal da decadência que inevitavelmente vem com a velhice.
Mas naquele dia, ela vinha radiosa e feliz, na sua camisola nova e colar de pérolas, preparada para o jantar de Ano Novo em minha casa. Eu, atarefada com os preparativos, andava de um lado para o outro, cheia de energia, como ela sempre gostou.
É pela minha energia e vontade de fazer coisas que ela mede a forma como me sinto.
Ela sabe. Conhece-me como ninguém e confesso que isso muitas vezes me incomodou.
Mas, agora, já não me escondo do seu olhar.
Já não fujo. Já não "represento".
Deixou de ter importância desde que a comecei a "ver" de outro modo.
E temo que o que ela sempre diz, em cada Natal e Ano Novo que passa "Este vai ser o último", possa acontecer de um momento para o outro.
Marc Chagall
De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Soneto da Fidelidade, Vinicius de Moraes
Maggie Taylor
É outono, desprende-te de mim.
Solta-me os cabelos, potros indomáveis
sem nenhuma melancolia,
sem encontros marcados,
sem cartas a responder.
Deixa-me o braço direito,
o mais ardente dos meus braços,
o mais azul,
o mais feito para voar.
Devolve-me o rosto de um verão
Sem a febre de tantos lábios,
Sem nenhum rumor de lágrimas
Nas pálpebras acesas
Deixa-me só, vegetal e só,
correndo como rio de folhas
para a noite onde a mais bela aventura
se escreve exactamente sem nenhuma letra.
Eugénio de Andrade
Escultura em papel de Sue Blackwell
... e de novo entre nós aquele choro de quem
não teve tempo de preparar a despedida
com as palavras certas
porque as palavras certas estavam todas
em histórias erradas
que outros escreveram em lugares nublados
que nem vale a pena tentar recompor
muito ao longe uma voz desgarrada
estabelece o fim do verão
e eu adormecida para sempre
no teu peito ...
Alice Vieira (excerto)
......
Desce a neblina sobre os dias ...
e o Outono
cobre-me de reflexos avermelhados.
Escondo-me ... assim ... dos cinzas
que me espreitam
do passado.
A cegonha visitou ontem o meu sobrinho, filho da Margarida e do João.
Entregou-lhe cuidadosamente um bébé embrulhado em nuvens de algodão e céu muito azul. Com ele vinha um cartão cheio de estrelinhas reluzentes que dizia:
- Olá, sou o Diogo, e preciso de todo o vosso amor.
Estamos todos muito felizes com a chegada do 1º bebé da nova geração.
( Cá para mim há todas as probabilidades de virmos a ter mais um jogador de rugby na família. Aposto que muito em breve vai haver alguém que lhe vai dar um bola e o ensina a dizer Benfica )
É realmente uma alegria o nascimento de uma criança.
Imagem retirada da Net
"Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons "
Carlos Drummond de Andrade
.....
Este post não é uma provocação, mas sim uma tentativa de vos adoçar a boca, independentemente das idades.
Tenho estado um pouco ausente do Vivências mas garanto-vos que não perdi:
o doce;
o sal;
a alegria;
a vontade de viver e de amar.
Talvez...tenha perdido a vontade de escrever.
(a paz e a felicidade às vezes têm destas coisas)
Sirvam-se à vontade!
Foto de MTeresaVivências (Pôr de Sol na praia de S. Julião)
Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho
como as estrelas no seu rumo
Cecilia Meireles, Serenata (excerto)
Foto de MTeresaVivências
(Um girassol do meu pequeno jardim)
------
As nuvens que me ensombraram
a alma, em estações frias e cinzentas,
levou-as o vento. Um sol radioso
floresce no sorriso tórrido do girassol
que me enfeita o rosto.
Este rosto, sem os traços da solidão
e do cansaço, é como uma janela aberta, por onde a lua espreita
e as estrelas se encontram nas noites cálidas de Verão.
O mar, aparece, triunfante, a dançar nos meus olhos.
A areia, sob os meus pés, deixou de ser um deserto
esmagador e cobre-me de finos grãos. A suavizar-me os passos.
Regresso, com flores nas mãos,
e o corpo perfumado de maresias.
Conchas, com o mar lá dentro, enfeitam-me o cabelo
agora mais doirado pelos raios solares.
O Verão, apagou-me as lágrimas
porque me devolveu a lisura dos dias
e as noites de paixão.
Leonard Cohen, Lisboa (fotos de MTeresaVivências)
....
Uma noite mágica com a lua a beijar o Tejo
.....
E valsei nos teus braços, Leonard...
Como se fosse uma das "Ten Pretty Women in Viena"
Gritei que sim, quando disseste "I am your man"
Emocionei-me, quando, todos juntos
Cantámos " Alleluia"
Estremeci com a verdade de "Ain't no Cure for Love"
Dei-te a mão na "Boogie Street" do teu descontentamento
Por fim, quando disseste " Closing Time"
Atirei-te um beijo e murmurei:
Até sempre, Leonard...
"Everybody Knows..."
Óleo de Steven Kenny
Like a bird on the wire
Like a drunk in a midnight choir
I have tried in my way to be free
Leonard Cohen
" A meio do percurso da minha vida, dei por mim num bosque sombrio "
.....
Logo à noite, tenho um encontro marcado com este Senhor, aqui.
Quando a música e a poesia tomarem conta de mim,
vou soltar os pássaros nostálgicos que pararam nos meus olhos.
Pintura de Steven Kenny , " Constelação"
( ... )
corre um vento
vento de febre - sismo de orquídeas que acalma
quando acendes a luz e abres as asas
vibras e
levantas voo
Febre, Al Berto, in Horto de Incêndio
Fotografia de Waclaw Wantuch
Se eu fosse tela A lva de fino linho
Deixava-me pintar de A zul-cobalto para me confundir com o mar.
De V erde-esmeralda pincelava o contorno do meu corpo
E os meus lábios retocava de C armim
Por fim... rasgava a solidão
que me cerra as pálpebras, com a cor O cre do S ol,
e quando as nuvens de Preto-M arfim me escurecessem os sentidos
esconder-me-ia no quadro COLORIDO que fiz de mim.
Imagem, O Principezinho ( Saint-Exupéry)
Para ti, meu pai, minha saudade, que conservaste até ao fim, a pureza de uma criança.
Forever Lost , pintura de Mike Worrall
Casa dos Poetas, de Maggie Taylor
Foto de MTeresaVivências
Debruço-me sobre o mar que me corre nas veias
e toda eu me incendeio...!
[ no sol que ( re) tenho no colo ]
Sossego-me
no desassossego
das marés que me fustigam
o rosto
alvoraçado
ao contemplar a dança
do horizonte em chamas
Refresco-me
na areia
movediça do teu corpo
e essa água
que eu bebo de ti
tem o sal e o fogo
dos meus cansaços
perpétuos e entranhados
Assim me descobres
secretamente
e ao encontrares-me
não sei se me perdes
se me possuis
(e) terna amante
deste mar de sargaços
e desejos
onde me deito
Ah! Mar azul incendiado
tanto sonho submerso nos teus braços.
Pela manhã
Adormecem luas no meu peito.
O meu corpo desperta no teu
e o sol que entra pela janela
inunda a casa, expulsando as sombras
persistentes da ausência
o canto dos pássaros
confunde-se com os passos
que já percorreram os quartos
e que ficaram gravados
na memória da casa
agora são os teus
que se ouvem, apenas os teus
e o cantar dos pássaros...
Óleo de Antonio Peticov
"The Book of Ages" de Mike Warrol
Escrevo-te a oiro no livro do tempo onde registo a vida.
Sou porque tu és.
Este amor, meu filho, não se escreve.
Parabéns.
Óleo de Salvador Dali
Quando a poesia se desprende do meu corpo
Palavras desconhecidas saltam-me dos lábios
E o meu pensamento voa, de mãos dadas
Com pássaros fantasiados de poetas.
Sinto, então...
Nascer do meu peito de lua,
Asas translúcidas que me guiam
No caminho tortuoso da imaginação.
Visto-me de flores para chamar a primavera.
Danço descalça por entre as nuvens de algodão que se espreguiçam ao sol.
Por fim...escrevo versos às estrelas
[que me acariciam ao cair da noite]
E poetas imortais sussurram-me poemas de amor.
Lisboa, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia
"Deus não podia estar em todo o lado e por isso criou as mães"
R. Kipling
Foto de MTeresaVivências
" Somos todos campos de batalha, onde se digladiam deuses "
Paul Valéry
.....
Por vezes, sento-me em silêncio na minha casa e apenas me chegam os ruídos distantes e indistintos do mundo lá fora que me confortam. Gosto destes momentos raros em que deixo os meus pensamentos fluir em completa liberdade e a minha imaginação ultrapassa a minha memória. Normalmente, vejo surgir os rostos risonhos e luminosos daqueles que fizeram parte da minha vida e começo a separar as coisas boas das menos boas e retenho as primeiras intencionalmente. É assim que quase sempre engano a memória. Então, sorrio, e vejo desfilar perante mim, os vários capítulos, agrupados consoante as situações, chegando quase sempre à conclusão gratificante de que tudo valeu a pena e que todas as pessoas passaram por mim com um propósito e um desígnio e que o que elas deixaram é na maioria dos casos, algo que nunca esquecerei e que me fez crescer interiormente.
Não sei dizer se são os deuses que comandam este ciclo de constante renascimento, e que eu, nas suas mãos, sou apenas uma simples boneca de carne e osso, presa por fios invisíveis e finíssimos que me fazem andar ao sabor dos seus caprichos.
Sei, com toda a certeza, que o que sou intrinsecamente, não sofrerá alterações profundas.
Sei que o amor sempre me sorrirá.
Sei que a amizade é minha companheira eterna.
Sei olhar e ver
Sei distinguir
Sei ouvir e compreender
Sei perdoar
Podem brincar comigo, os deuses.
Há certezas que são inabaláveis, por isso, pisco-lhes o olho provocatoriamente, e entro nas brincadeiras, com a certeza de que, mesmo caindo na rede que eles tecem, volto a sair renascida.
Não temam os deuses. Brinquem com eles.
(imagem retirada do google)
Estrela da Tarde
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!
José Carlos Ary dos Santos
Foto MTeresaVivências
e das profundezas do meu sentir azul
[onde as alvoradas se escondiam]
amanhecem flores rosáceas...
o vazio dilui-se na mistura líquida dos prantos
e o sal sagrado da tua boca tempera o meu corpo
dando vida às areias moribundas da paixão
lentamente, deixo que invadas o meu jardim secreto
onde amores nascem e morrem ao sabor do vento
...cheio de ternura, semeias uma flor no chão do meu desejo
E em tempo de máscaras e de rostos encobertos e dissimulados,
saltam da multidão anónima faces amigas e encorajadoras
e mãos suaves que apertam as nossas solidariamente.
As palavras e os gestos que nos chegam são de uma generosidade extrema.
Estranhamente, a ausência faz a sua entrada triunfante
no corpo de mascarados que o não deveriam ser.
No baile de máscaras que é a vida
chega o momento da verdade.
E de repente temos a visão nítida do que nos rodeia.
E do que realmente tem valor.
Neste tempo de máscaras permitidas,
o teu rosto, descoberto e luminoso,
rompe a ardilosa neblina que me mantinha cativa.
Apesar da chuva e do tempo cinzento,
o que eu vislumbro
é um sol radioso e flores silvestres a nasceram nos caminhos.
" dorme, meu amor, que o mundo já viu morrer mais
este dia e eu estou aqui, de guarda aos pesadelos.
Fecha os olhos agora e sossega o pior já passou
há muito tempo; e o vento amaciou; e a minha mão
desvia os passos do medo.
Dorme, meu amor... "
Maria do Rosário Pereira
.......
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