Pintura de Tamara de Lempicka
Eu ouso a paixão
não a recuso
Escuto os sentidos sem o medo por perto
troco a ternura da rosa
ponho a onda no deserto
A tudo o que é impossível
abro e rasgo o coração
Debaixo coloco a mão
para colher o incerto
Desembuço o amor
no calor da emboscada
infrinjo regras e impeço
Troco o sonho dos deuses
por um pequeno nada
Desobedeço ao preceito
e desarrumo a paixão
Teço e bordo o meu avesso
e desacerto a razão
Maria Teresa Horta
Forever Lost , pintura de Mike Worrall
"Out of Africa"
Na noite em que vi o filme, sonhei com África
[ que nunca visitei ]
Obrigada Sidney Pollack
.... sonho ....
.... permaneço ....
.... enfrento medos ....
.... resisto ....
.... prendo-me ....
.... engano-me ....
.... acredito ....
.... brinco ....
.... esqueço ....
.... amo ....
Ilustrações de Nicoletta Ceccoli
Contam que as sombras permanecem agora mais tempo sobre
as dunas e que a flor de laranjeira rebentou pelos caminhos,
encantando as viagens; que os morangos crescem, se os dedos
se aproximam, e que já se ouve, ao longe, um rumor de asas
contrário a qualquer vento. Falam de um perfume estranho
que paira pela cidade e das palavras soltas que os rapazes
andaram a escrever pelos muros em segredo. E eu não sei nada
disto que me contam, nem me aquece a luz quente que,
como dizem, afaga de manhã os ombros de quem passa e vai
a outro lugar sentir o mesmo lume. E eu também já não sinto
a primavera: os dedos doem-me nos livros, sento-me de noite
à janela. Olho a lua que já não posso ter. Escondo-me
dos gatos. Dispo-me e vou dormir lá fora com as aves.
Maria do Rosário Pedreira
Casa dos Poetas, de Maggie Taylor
Fotografias "mágicas" de Alastair Magnaldo [ Almagnus ]
........................
A criatividade do homem não tem limites, mesmo que se utilizem alguns truques, como é o caso.
Vale a pena "entrar" neste universo de fantasia criado pela imaginação e olhos de um fotógrafo.
Boa "viagem" e bom fim de semana.
acordei com o Sol a entrar pelas janelas
deixo-vos esta flor e votos de um bom dia de Primavera
Foto MTeresaVivências
Foto de MTeresaVivências
Debruço-me sobre o mar que me corre nas veias
e toda eu me incendeio...!
[ no sol que ( re) tenho no colo ]
Sossego-me
no desassossego
das marés que me fustigam
o rosto
alvoraçado
ao contemplar a dança
do horizonte em chamas
Refresco-me
na areia
movediça do teu corpo
e essa água
que eu bebo de ti
tem o sal e o fogo
dos meus cansaços
perpétuos e entranhados
Assim me descobres
secretamente
e ao encontrares-me
não sei se me perdes
se me possuis
(e) terna amante
deste mar de sargaços
e desejos
onde me deito
Ah! Mar azul incendiado
tanto sonho submerso nos teus braços.
Porque que é que os planetas não caiem?
A Origem da neve
A Arte para além da moldura
Podem ser vistas, entre muitas outras, aqui
.............................................
Quando me faltam "palavras" para escrever, vou à descoberta de outras coisas.
Apreciem e divirtam-se com algumas imagens de puro "non sense".
[ Agradeço ao João, deste blogue, a indicação do grupo Secret Garden, cujo tema " Silence Speaks " já se ouve por aqui ]
Pela manhã
Adormecem luas no meu peito.
O meu corpo desperta no teu
e o sol que entra pela janela
inunda a casa, expulsando as sombras
persistentes da ausência
o canto dos pássaros
confunde-se com os passos
que já percorreram os quartos
e que ficaram gravados
na memória da casa
agora são os teus
que se ouvem, apenas os teus
e o cantar dos pássaros...
Foto de MTeresaVivências
Há recordações que são como as rosas em botão.
Ficam mais belas quando "abrem"
Fotos de MTeresaVivências, Lisboa e o Tejo vistos do Miradouro da Srª do Monte, à Graça
....
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas
( ... )
Sophia de Mello Breyner
Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar
Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
Zeca Afonso
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