retirado do Google
Ao caminhar todos os dias
No sentido de um deserto de cimento e vidro
Sinto-me árida, desprovida de risos
Como se a natureza se tivesse resumido
A cactos por florir
E os que me observam e avaliam
Espinhos que me ferem
Hoje as flores estão recolhidas...
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
...
Eu deixarei... Tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás
para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite
e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
Vinícius de Moraes
(Imagem do Google)
Quando te perdi...
O travo amargo da tua partida
Desfez o mel da minha boca
Em flores feitas de sal
O delicado traço que ficou
Da tua escrita azul
Trespassou o meu corpo
(Que era divino nos teus braços)
E sorveu-me a vida
Enchendo-me de cansaços
Ah! Meu amor...ingrato!
Que farás tu da saudade
Quando ela te inquietar
E a minha ausência gritar
Que morri antes de ti?
MT-Teresa
Fotos: MT-Teresa (tiradas este FDS na minha Casa das Flores)
Amanhã nao vos deixo o meu café, em compensação deixo-vos a beleza das flores para enfeitarem os sonhos desta noite.
Parece Primavera!
Imagem retirada do Google
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Pintura de António Peticov
Era uma noite igual a tantas outras.
Entrou na sala onde apenas se via a luz do pequeno candeeiro sobre a escrivaninha. O resto da casa estava às escuras com a excepção do hall de entrada que ela tinha por hábito deixar iluminado, para lhe dar a sensação de que morava ali mais gente.
Acendeu uma vela aromática para disfarçar o cheiro do tabaco e começou a escrever na tentativa de aliviar a melancolia que se começava a apoderar dela. No silêncio esmagador da sua solidão, apenas se ouvia o som das teclas do computador sob os seus dedos.
Não esperava visitas e certamente ninguém lhe iria bater à porta. Estava sozinha como na maioria das noites da semana, mas naquele momento tudo lhe era pesado.
Aquela, era uma daquelas noites em que precisava de ouvir dizer: Amo-te.
Fechou os olhos e imaginou-se a subir uma escada que a levasse para um mundo encantado onde os silêncios fossem leves, as palavras verdadeiras e as pessoas permanecessem para todo o sempre.
Um mundo onde a palavra "partida" não fosse conhecida.
MT-Teresa
(18/10/07)
Na despedida uma rosa vermelha, cor do teu Benfica e o meu obrigada pelo teu amor e dedicação ao teu neto, meu filho, que te adorava.
Canção com Lágrimas
Eu canto para ti o mês das giestas
mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada.
Eu canto para ti o mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema
Porque tu me disseste quem me dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol, Lisboa com lágrimas
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...
Adriano Correia de Oliveira ( 09/04/1942 - 16/10/1982)
Fotografia de Aaron Falkenberg
"Despreza as estradas largas, segue os carreiros"
(Pitágoras)
....
Já tinha saudades de vos oferecer o café da manhã.
Bom dia!
" L'Oublies des Passions" Pintura de Jean Delville
As tuas mãos nas minhas
quentes e macias
seiva galopando
na minha pele branca
corrente sanguínea
passando em linha recta
aos olhos...
Ah...! Os teus olhos
rios calmos, doces
e esplendorosos de luz
divina
esses olhos que
me tomaram inteira
como se o meu corpo
estivesse neles
rubro, vibrante
faminto das carícias
que eu não tinha
E...o teu cheiro
indefinível que fica
para me roubar
a alma inteira
percorre o meu
pescoço, a boca
a face, a orelha
como fizeste
com os beijos
que me deste
Do teu rosto ausente
ainda sinto o toque
quente
e eu, pensando em ti
rogo aos deuses
mais um dia
para não morrer
hoje, desta agonia.
MT-Teresa
Agosto 07
Esta noite, em que os silêncios finalmente me abandonaram, vejo a minha imagem reflectida no espelho da alma e apercebo-me que o brilho dos meus olhos continua vivo e cheio da claridade de outrora. A lua sorri-me como sempre o havia feito e as estrelas mais parecem guizos reluzentes a dançar à minha volta, convidando-me a entrar na roda da vida.
Quando finalmente adormeci, sonhei com areias escaldantes que me iam aquecendo lentamente, à medida que os meus olhos se afastavam da linha do horizonte que separa a fantasia da realidade e sem qualquer medo mergulhei até ao fundo dos meus sentires onde encontrei as estradas da esperança e da verdade.
Amanheci cheia de risos e de renovada força, mal me reconhecendo nos retratos incompletos que me fizeram ao longo dos tempos e que estão guardados na memória do que fui.
Sim...há um rosto desconhecido em mim que nunca alguém soube decifrar, compreender e amar...
MT-Teresa
(Set07)
Imagem retirada do Google
Na face iluminada da Lua revelam-se segredos e desvendam-se mistérios em teias de alegres sonhos que me acordam os sentidos.
Flutuo no ar com a leveza de um pássaro de fogo e deixo que os desejos lunares me arrebatam o corpo.
MTTeresa
Pintura de Brad Holland
.
“Todas as tristezas podem ser suportáveis se se contar uma história sobre elas.”
Karen Blixen
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Nesta manhã cinzenta o orvalho escorre do rosto das flores.
Será que são lágrimas?
.
(fotografia de Sophie Thouvenin)
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Óleo de, Antonio Peticov " Il Conservatorio"
......
" A música é o barulho que pensa "
Victor Hugo
" Encontra-se sempre, aqui e ali, algum semi-deus que consegue viver em condições terríveis, e viver vencedor! Quereis ouvir os seus cantos solitários? Escutai a música de Beethovan "
Friedrich Nietzsche
" Quem ouve música sente a solidão de repente povoada "
Robert Browning
" A música é a linguagem dos espíritos "
Khalil Gibran
" O vaso dá uma forma ao vazio e a música ao silêncio "
Georges Braque
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Fonte: O Citador
....
Muitos dos que me visitam vão conhecendo os meus gostos musicais, pelos temas que vou seleccionando, sendo que algumas vezes é a música que "comanda" o que escrevo, mas tenho sempre colocado, apenas, as músicas de que gosto.
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Para quem gosta de música, não precisa de " Dias Mundiais " para a ouvir, mesmo que seja em sua casa e longe dos concertos que se anunciam.
.
Eu...até a ouço tocar, dentro de mim...!
.
Ou a ouvir o murmúrio da água a correr num pequeno riacho;
Ou a melodia do vento a passar nas árvores;
Ou o canto da cotovia e do rouxinol;
E o som do campo;
E o ruído do mar;
.
E quem nunca namorou ao som de uma música que se tornou especial porque eternizou o momento?
.
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