Desde que regressei, passo os dias fechada num espaço austero e estranho, onde a minha vida se vai esbatendo.
A minha força que esteve ausente de mim tanto tempo está a voltar. Só assim consigo suportar toda a rotina e toda a mudança que eu escolhi e que vão escolhendo por mim... até eu permitir...
Aprendi a fechar o meu rosto, a dizer palavras soltas e sem conteúdo, repletas de um optimismo que muitas vezes não sinto, para me proteger e poder sobreviver neste mundo de homens ambiciosos, sedentos de poder e dinheiro e completamente desumanizados.
Aprendi que a maioria das pessoas que nos cercam, não gostam de ouvir os problemas dos outros. Gostam de pessoas sorridentes, saudáveis de corpo e espirito, vencedoras e que respondam à pergunta da praxe - como estás? - com um socialmente correcto: muito bem; cada vez melhor; sempre bem, e por aí fora. Devem ter medo que o que nos aflige os possa atingir também, um dia.
Aprendi a interpretar os sinais e por isso comecei a usar pela primeira vez na minha vida uma máscara de contentamento moderado ( porque também aprendi que não podemos mostrar muita felicidade). Ainda estou a habituar-me a ela. É um pouco grande e desajustada e por vezes os orificios dos olhos, mostram-me lugares maravilhosos, rios de águas cristalinas e frescas que me fazem esquecer por breves momentos que estou prisioneira numa caixa de cimento e vidro.
Aprendi que apesar dos tons cinzentos que me rodeiam, e dos sons da banalidade que me vão chegando, sou dona de um poder enorme que me faz viajar incólume para lugares só meus. Sítios que pinto com a paleta dos meus sonhos.
T.E. - 12/03/06)
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