Quarta-feira, 8 de Julho de 2009

Despedida

Foto minha


Ameaçadoras as nuvens cobrem o meu horizonte de luz

E os meus olhos deixaram de ser de mar.

 

Passo pela multidão fechando o meu rosto aos olhares

que me tentam decifrar o pensamento e o sentir.

 

Interpreto os silêncios e as ausências de uma forma crua e dolorosa.

A verdade está para além das palavras que se dizem por dizer.

A verdade não se esconde por mil máscaras que se usem.

 

A verdade é que estou só!

Estou só no meio de uma tempestada repentina e duradoira.

E não sabia...

 

Hoje, escrever a dor é difícil. Tal como foi, outrora, escrever a alegria.

 

O meu grito é interior. A minha escrita também.

 

----

 

Obrigada a todos

 

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escrevinhado por MT-Teresa às 22:39
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33 comentários:
De J.S. a 9 de Julho de 2009 às 06:57
Teresa

Um abraço

J.S.


De Margarida a 9 de Julho de 2009 às 10:57
Amiga
Quero apenas que saibas que não estás Só, e estas não são apenas palavras escritas por escrever, são sentidas.
As nossas vidas apenas se modificaram, não se separaram.Eu continuo a ser a mesma pessoa,com afazeres apenas diferentes.
Beijo.Estou à distância dum telefonema.
Clara


De Anónimo a 14 de Julho de 2009 às 15:27
Nunca se está só, quando se tem amigos que se encontram á distância de um simples click, chamada telefonica ou até mesmo uma curta mensagem.

Á coisas que nunca mudam.

JF


De Anónimo a 14 de Julho de 2009 às 16:58

Volta… depois!





Vai… leva o teu caminho, como um poema!
Contigo e nas tuas mãos, os rostos fortes.
As lágrimas! Os risos, novas sortes,
Abraços, velhas sinas, novo lema.

As sedas vão rasgadas junto ao peito
Mostram nu, o teu seio puro e magoado!
Escorre-te do colo, a dor de um fado
Que se espraia junto ao ventre, em fundo leito.

Ah, sim… vai! Vai criar flores nos teus lábios
E recompor os olhos, divididos
Não de azuis, nem por cores ofendidos.

Volta depois, não sei de outros tão sábios
A colorir o mar e… as madrugadas
Nem de versos, que façam alvoradas.




09.07.14
Vasconcelos


PS: Deixo-lhe um muito grato e reconhecido abraço e votos de felicidades, desejando que reconsidere o fim do "Vivências".

E já agora, não o podendo fazer na data dos seus anos, um beijo e um poema que espero que goste.



Vasconcelos


De M.Luísa Adães a 15 de Julho de 2009 às 10:40

De mim te separaste há muito e eu senti...

Nunca o disse - digo agora - e lamentei sempre, esse alheamento de mim.

Nunca entendi e continuo a não entender,
será que o mereci?
Penso que não e não esqueci, mas continuei
por aqui e por ali.
E hoje, parece haver uma despedida real,
para todos...
Para mim, foi há muito mais tempo!
E sempre o lamentei e lamento!

Felicidades,

Maria Luísa


De Ana Reis a 31 de Agosto de 2009 às 12:36
Querido(a) novo(a) amigo(a),estou precisando muito da ajuda de todos os amigos. estou montando uma minibiblioteca comunitária pra crianças e adolescentes na minha comunidade carente aqui no Rio de Janeiro,se voce puder me ajudar estou fazendo uma campanha de doações. pode doar qualquer quantia no Banco do Brasil agencia 3082-1 conta 9.799-3, ou pode doar livros ,ou pode doar máquina de costura, ou pode doar retalhos, ou pode doar computador usado. se quizer fazer aguma doação entre em contato com meu email: asilvareis10@gmail.com ,eu darei o endereço de remessa. se voce não puder me ajudar com doações pode divulgar minha campanha, tenho 2 blogs no google gostaria da sua visita: Eulucinha.blogspot.com ,obrigado pela sua atenção.


De O Gato a 7 de Setembro de 2009 às 09:16
Só espero que não seja uma despedida.
Faz falta na blogosfera com a sua beleza interior.

BJ MT


De arteaportugal a 20 de Setembro de 2009 às 11:47
Gostei é lindo. Mas, infelizmente, porque na avidez politizamos. E, em irresponsabilidade e abandono ao bem comum, engordamos os políticos. O planeta, cada vez está mais só. Sem mão que largue um cibo de pão, ao pobre que fizemos.
Restamos
Feneceu-se idade.
Em demanda da liberdade.
Mas somente arame farpado idealizamos.
E nenhuma abrangente porta criamos.
Em tanto espaço percorrido.
De caminho sofrido.
No entanto, ainda restamos!
E, talvez? Porque gostamos?
Desalmadamente ficamos.
Na crueldade
De quem nega a liberdade.
Primária ignorância.
Ignorante ganância
Do preludio da criação.
Quando a mesma, vivia sem oração.
Sem édito social.
Nem estabelecimento policial.
Controlador de casual humana arrogância
E humanitária intolerância.
Esta humanidade, depois de tantas gerações.
Invernos e Verões, e outras planetárias estações.
E consequentes vividas lições.
Continua a navegar sem humano colorido.
Depois de tanta vivida distância.
Em tanto tempo decorrido.
Sem libertadora constância.
Caminho errático, sem credo aferido.
Saturado de danos.
Em milenares enganos.
É o espaço que gastamos.
Enquanto por cá andamos.
Até atingirmos estas incongruentes militâncias.
Das administrações de sangrentas matanças.
Que o planeta, lideram por nefastas heranças.
Senhor! Como ainda continuamos tão profanos?
Neste mundo de tantos arcanos.
Deus! Somos hoje mais sanguinários!
Que na auspiciosa aurora da humanidade.
Em que não se pensava em tantos imaginários.
Nem ainda se lutava por liberdade.
Pois ela era intrínseca da universalidade.
Quando a vida, não tinha lembranças do transacto.
Mas, ao futuro já era um facto.
E, caminhava a preferíveis itinerários.
Tempos de percursos extraordinários.
Complexos binários.
O tempo, espaço, é um excepcional prestidigitador.
Do passado eleva o vindouro.
Nem sempre... Imitador.
Presenteia-nos o presente... Nem sempre de ouro.
Delega-nos com a idade a melancólica saudade.
Do espaço da tenra idade, dos sonhos de felicidade.
Do passado juvenil ao presente da velhice.
Futuro de ontem... Pior maldade.
E, eversiva pulhice.
Deus! Senhor dos tempos! E de todos os universos!
É de orações o teu terço! Rezado em seculares versos.
Quando a dor ao coração não mente.
E a alma, com o todo se torna abrangente.
Todo o ser ao infinito se lamenta.
E na graça divina se alimenta.
Porquê este presente?
Será que o tempo é ingénua ilusão?
O futuro espaço ausente?
Na cósmica confusão.
Que, ao planeta dá a vida crescente.
Senhor! Depois de tantos anos de planetários transformismos.
E de passarmos por tantos abismos.
Somos hoje os mesmos. Não desnudos! Mas piores!
Já temos oração e congregação.
Rabinos, califas, vizires, cardeais, Bispos e Priores.
Por todo o planeta à diferente pregação.
E inumeráveis procissões.
De diferentes rituais e confissões.
Há rituais de benéficos altares.
E alegres dançares.
Há rituais de morte.
Imolação de virgens sem sorte.
Mas já temos alguma social civilização.
Vivemos em social organização.
Com leis e estatal fiscalização.
No todo planetário, à comunhão diferente.
Mas, o humano, na sua maioria é crente.
Temos a bíblia, a tora, o Alcorão e outras santas escrituras.
Das divindades das infindas alturas.
Mas, negamos e escondemos o coração.
Ao humano que se prostra em oração.
Que desnudo roga alimento.
Para seu sustento.
Temos tribunais e exércitos.
E códigos de humanos lícitos.
Temos fossas e prisões.
E muitas humanas exclusões.
Traímos por míseras possessões.
Em servilismo a pessoais concessões
E desalmadamente aniquilamos.
Os que dizemos amar ou não amamos.
Para nosso bem estar matamos.
Partidários e adversários.
Operários e empresários.
Que nos sejam opositores.
Assim como, crucificamos em agonizantes dores.
Em consonância com ideias e honorários.
Todos os esclarecidos contraditórios.
Vivemos um evolucionar de horrores.
A infundir humanos pavores.
Negamos e descriminamos.
Assim, como minamos.
O humano parceiro.
Que, não aceitamos por companheiro.
Porque à Nação, quer ser ordeiro.
Nestes universais movimentos.
E contínuos ventos.
Que, no tempo modelou os continentes.
E enfunou as velas dos navegantes.
Criou os oceanos.
E todo o envolver de arcanos.
Que acompanham o evolucionar do


De Joana a 4 de Janeiro de 2010 às 23:38
eu abortei com 17 anos. Eu não sei mais o que diga. Eu sinto. Eu lembro-me de tudo. Eu sonho ! Eu tenho alturas em que choro muito. Mas, tenho vergonha de o dizer. Eu tenho sobretudo saudades do meu bebé. Eu só o queria ver. Euuuuuuuuuuu
apenas sou só eu. Estou sozinha numa dor que não deveria ser só minha. É injusto tudo o que me fizeram. Enganaram-me. Fizeram de mim uma atrasada mental e não me deixaram em paz. Eu sei o que senti desde o início. Eu amava profundamente o meu bebé. E fugi de todos por pensar que era melhor assim !
Tudo o que fazem connosco mulheres em relação ao aborto é uma injustiça, uma fraude, somos usadas e manipuladas !!!!! todos falam !!!! mas ninguém a não sermos nós sabe o quanto sofremos por alguém que amamos e que sempre faz parte de nós ! somos vistas como loucas ???!!!! temos sindromes disto e daquilo !!!! somos atrasadas mentais ???????????????
sofremos tanto, revoltamo-nos contra todos ! temos saudades imensas dos nossos filhos !!!!!!!!!! mas, e no fim quem nos assiste ???????????


De Anónimo a 10 de Abril de 2010 às 18:40

O vazio que o nada traz






No dilúvio das saudades
O silêncio à tona emerge!
Faz eco nas raridades
O que em nós, de nós diverge.

No teu mar de inspiração
Já se não cruzam navios;
Cheios de poemas no porão
E azuis à proa, desafios!

Agora, os rumos são tais,
Que as marés já não regressam!
Nem os sons, já tão banais,
Nos tons cinzentos se expressam.

O vazio que o nada traz
É igual, ao que a morte faz.



10.04.10
Vasconcelos


De MT-Teresa a 29 de Abril de 2010 às 07:34
Vasconcelos!

Obrigada pela memória que ainda tem "daqui".

Quebro o silêncio para lhe dizer:

" Que as marés já não regressam"
Ruidosas, como dantes

antes, regressam...
saudosas

Bj


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